O Novo World Center será o último símbolo imperial dos
EUA?
Para a posteridade e para a memória futura, cada
civilização deixa as suas marcas no seu território e naquele que vai ocupando.
O Novo World Trade Center é a marca mais
emblemática da potência que se impôs ao mundo, nos
últimos cem anos, através dos seus
modelos ideológicos, políticos,
económicos, culturais e militares. Nova Iorque é a Roma dos tempos actuais,
monumental e grandiosa em todos os aspectos. É o símbolo imperial do provisório
(na História tudo é provisório) triunfo do capitalismo financeiro e do
neoliberalismo. Como o tempo virtual da História, ao nível de todas as mudanças
evolutivas, vai encurtando progressivamente, em relação ao andamento do tempo
real, e como os EUA já atingiram o seu zénite, onde se cruzam todas as
contradições, que os “impérios tecem”, é muito possível que o Novo World Trade
Center seja a sua última marca imperial. É que o Mundo começa a mexer-se e já
se sente que a Humanidade está a caminhar sobre um vulcão, que mais tarde ou
mais cedo vai entrar em erupção. Que ninguém pense que se chegou ao fim da
História.
Novos tempos chegarão, com novas alegrias e
novas dores, com gloriosas realizações e com enormes decepções. Um tempo novo,
que também vai ter os seus heróis e os seus carrascos, as suas glórias e as
suas misérias. A obra humana nunca foi perfeita. Deixou atrás de si, apesar do
brilho ostentado e do progresso carreado pelas sucessivas civilizações, as
marcas da violência e dos horrores. Trata-se de uma herança genética, biológica
e social, que teve origem naquele primitivo Homo Erectus, quando ele descobriu, que, dando uma forte pancada,
com a tíbia de um mamute, na cabeça do seu companheiro, lhe podia roubar um
suculento pedaço de carne. A partir daí, a Humanidade nunca mais sossegou. E
nunca irá ficar sossegada...
Alexandre
de Castro
2017 02 09
5 comentários:
Tudo se move
até o vento
Abraço
Abraço, Puma.
O vento, esse grande maganão...
na História da humanidade não há determinismo
e é a dialéctica que determina a marcha
celebra-se em 2017 cem anos de uma viragem
e, apesar de tudo, não se pode dizer que haja retrocesso
embora as ameaças sejam frequentes
Trata-se de linguagem metafórica, Rogério Pereira.
Donald é a prova do fim da América
abraço
Enviar um comentário