1593 - 26 de Julho. «Deu-se nesta ilha um fenómeno de
incandescência atmosférica, que nas cronicas madeirenses ficou conhecido pelo
nome de Fogo do Céu. Nos dias 24 e 25 do mês e ano referidos soprara
violentamente o conhecido ‘vento leste’ acompanhado de tão intenso calor, que,
no dizer duma testemunha coeva do acontecimento, ‘não havia pessoa viva que
sahisse de casa nem abrisse janela, nem se podia sofrer dentro das casas, nem
se podia nestas estar por ser o ar tão quente que tudo era cuidarem que
pereciam e o vento era tal que parecia queimava os ossos, cousa que jamais os homens
viram nestas partes’.Tornou-se cada vez mais intenso o calor e pelo começo da
noite no dia 26 era já bem visível o raro mas conhecido fenómeno de
incandescência atmosférica, que pelas 11 horas se transformou num pavoroso
incêndio, queimando toda a vegetação e reduzindo a um enorme braseiro um numero
considerável de habitações»,
Elucidário Madeirense
***«»***
Esta incandescência
atmosférica, que o povo madeirense adoptou com a designação “Fogo do Céu”, teve
causas meteorológicas, e provocou a total destruição do manto vegetal da ilha.
O calor era de tal maneira intenso, que os madeirenses da orla marítima
passaram a noite, mergulhados nas águas da beira-mar.
1 comentário:
Quantos hectares arderam
antes subsidiados para reflorestação?
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