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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

O "Fogo do Céu" de 1593, na ilha da Madeira


1593 - 26 de Julho. «Deu-se nesta ilha um fenómeno de incandescência atmosférica, que nas cronicas madeirenses ficou conhecido pelo nome de Fogo do Céu. Nos dias 24 e 25 do mês e ano referidos soprara violentamente o conhecido ‘vento leste’ acompanhado de tão intenso calor, que, no dizer duma testemunha coeva do acontecimento, ‘não havia pessoa viva que sahisse de casa nem abrisse janela, nem se podia sofrer dentro das casas, nem se podia nestas estar por ser o ar tão quente que tudo era cuidarem que pereciam e o vento era tal que parecia queimava os ossos, cousa que jamais os homens viram nestas partes’.Tornou-se cada vez mais intenso o calor e pelo começo da noite no dia 26 era já bem visível o raro mas conhecido fenómeno de incandescência atmosférica, que pelas 11 horas se transformou num pavoroso incêndio, queimando toda a vegetação e reduzindo a um enorme braseiro um numero considerável de habitações»,
Elucidário Madeirense

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Esta incandescência atmosférica, que o povo madeirense adoptou com a designação “Fogo do Céu”, teve causas meteorológicas, e provocou a total destruição do manto vegetal da ilha. O calor era de tal maneira intenso, que os madeirenses da orla marítima passaram a noite, mergulhados nas águas da beira-mar.    

1 comentário:

Mar Arável disse...

Quantos hectares arderam
antes subsidiados para reflorestação?