óleo sobre tela | © maria azenha, Julho, 2013 - Mar II
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Da experiência da cor
fui
eu que pedi este amor
sem
lhe poder dar um nome
num
quarto de água azul
fechado
à chave com fogo
a
linguagem muda das aves
deixou
na casa um vocábulo
queria
perguntar-lhe os nomes
mas
calo-me
há
uma claridade irreal
que
ultrapassa os limites da casa
e
o meu amor é neve repleta de frutos
agora
durante a noite
sou
um barco flutuante
onde
a sombra da lua cai e canta
há
uma torre que não me alcança
no
centro do quadrado
falo
da experiência das aves
ou
do branco da infância
Nota: Um belo poema de amor!
Há uma metáfora, um quarto de água
azul/fechado à chave com fogo, e uma transcendência, há uma torre que não me alcança/no centro do quadrado. E o poema
resolve-se nesse conflito.
A
"poeta" Maria Azenha colabora neste blogue, publicando-se um poema de
sua autoria, às quintas-feiras.
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