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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Eis a questão shakespeareana!...

Imagem recolhida da página de Carlos Esperança

É o eterno ser e não ser shakespeareano. A diferença que separa o PCP e o BE do PS é equidistante à que aproxima o PS de Seguro do PSD do Coelho. Para onde migraram as intenções de voto, que, perante a impopularidade do governo, deveriam estar no PS, que parece não querer descolar? Até parece que Portugal não está mergulhado numa crise profunda! Ou, então, a crise não é igual para todos, o que para mim não é novidade. Cerca de metade dos portugueses está a viver, e pelos vistos, bem, à custa das dificuldades e dos sacrifícios da outra metade. Há uma visível bipolarização social, que não tem tradução ao nível do espectro partidário. Na minha modesta opinião, julgo que há um partido que não consegue definir-se, porque anda a pôr um pé fora e outro dentro... É e não é... É ser e não ser... Vai e não vai... Fica e não fica.. De manhã é carne e à tarde é peixe... E esta indefinição, que já é patológica, está a contribuir para uma perigosa fratura social, com os movimentos populares, mesmo à revelia dos partidos de esquerda, a radicalizarem a sua luta, contra a evidente injustiça social. Em Portugal, na Grécia e em Espanha, ainda se navega na fase de semear os ventos. Mas os anúncios das tempestades já se fazem ouvir, até da parte do FMI, embora de uma forma discreta e indireta. 

Adenda: Entretanto, hoje, saíram novas sondagens a desmentirem a que aqui se refere. PCP e PS são os únicos partidos a registarem subidas nas intenções de voto, embora ligeiras. A hecatombe eleitoral ainda é possível. O CDS já está reduzido à sua insignificância, o que torna caricata a permanência (irrevogável?) do seu máximo dirigente nas funções de vice-primeiro-ministro. 

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