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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Economia portuguesa: Sol de pouca dura!...


Nos números que vai divulgar amanhã, o INE (Instituto Nacional de Estatística) deverá anunciar uma saída de Portugal da recessão dois anos e meio (dez trimestres consecutivos) depois de a economia ter começado a cair a pique. As várias previsões avançadas por bancos e centros de investigação universitários apontam para uma subida entre 0,2% e 0,6% do PIB no segundo trimestre, motivada pela boa prestação das exportações e pela melhoria, ainda que tímida, do consumo interno, embora ainda em terreno negativo.

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Como o povo diz, são as melhoras da morte. O governo vai tentar tirar dividendos políticos deste infinitésima melhoria da economia neste segundo trimestre, que se deve essencialmente ao aumento das exportações, com o turismo a constituir-se no principal impulsionador desta rúbrica macro-económica. E foi também o turismo a promover a ligeira descida do desemprego. Tudo isto marcado pelos efeitos da sazonalidade, o que não é nada tranquilizador para os tempos que se avizinham, já que, no próximo ano, o consumo interno vai levar um grande trambolhão, devido aos cortes das pensões dos funcionários públicos. Com a ausência de investimento produtivo significativo e com o consumo interno (o público e o privado) estagnado ou a descer, não se vislumbra que a médio prazo a economia possa crescer, exclusivamente ancorada nas exportações, que estão muito dependentes de condicionalismos externos.

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