“Se os efeitos das recessões do passado
servirem de guia, estes desenvolvimentos
[no mercado de trabalho] podem ter um
custo humano pesado.
Para os que ficam desempregados pode ser
Para os que ficam desempregados pode ser
uma perda permanente no rendimento, uma
redução da esperança de vida, e piores
resultados académicos e salariais para os seus
filhos. Além disso, o desemprego deverá
provavelmente afectar as atitudes de forma a
provavelmente afectar as atitudes de forma a
reduzir a coesão social, um custo que permanecerá”.
Do Relatório Conjunto FMI/OIT (Setembro 2010)
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No mundo, existem actualmente 210 milhões de desempregados, o que revela a extensão e a profundidade da actual crise, que agora já começa a ser entendida na sua verdadeira dimensão. Hoje, já ninguém se atreve a dizer que ela era conjuntural e que afectava apenas o sector financeiro, ignorando que a origem teria de ser encontrada no funcionamento da economia, cujo paradigma se alterou com a globalização.
O relatório das duas agências da ONU dá grande ênfase ao forte crescimento verificado no desemprego de longa duração, entre os jovens, e aponta o perigo que essa realidade pode provocar no futuro, a nível económico e social (mais pobreza, mais exclusão social e uma maior conflitualidade, que, nalguns casos, pode ser explosiva). Daí a necessidade dos governos manterem os apoios ao desemprego e à criação de emprego, tarefa que vai tornar-se muito difícil no actual contexto económico e financeiro.
O relatório não se esqueceu de referir Portugal, como um dos países que mais foi afectado pelo desemprego estrutural e um dos poucos que, erradamente, começou a retirar os apoios públicos aos desempregados e à criação de novos postos de trabalho.
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