EM
RAMOS DE CINZAS E VENTO
entraram
no meu sonho ramos de cinzas e vento
em
pequenas canções de infantes e vagabundos
toda
a noite os martelos da lua choveram
males
para o centro do quadrado em que ardemos
há
um vulto de criança com uma gazela ao peito
que
se perdeu em nós entre flores e fendas
e
quis alumiá-los com a luz da água da noite
na sombra lilás de um rei que foi morto
na sombra lilás de um rei que foi morto
meus
olhos vêem um círculo azul de tristeza incandescente
um
enforcado no silêncio com uma colher de azeite
na
boca
maria azenha
2013-03-09
2013-03-09
Nota: Este poema suscitou-me
o seguinte comentário: Fiquei novamente "agarrado à cadeira"! Um
poema escrito através da subversão das palavras (ou do seu significado
literal)! Um poema que toca o intangível Sublime! "Os martelos da
lua" choveram todos na minha cabeça e a primeira ideia que emergiu da
leitura do poema foi a ideia do Absurdo (Kafka, Sartre, Camus)...
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