O PS enreda-se na sua condição de subscritor do
memorando, dizendo tudo e o seu contrário, incapaz de assumir claramente, sem
hesitações nem ambiguidades, a ruptura com este rumo e a urgência da demissão
deste Governo.
Margarida Coelho
Membro da Comissão Política do Comité Central do PCP
PÚBLICO (ver aqui)
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E o problema já não é apenas o governo do PSD/CDS, que insiste em levar por diante a destruição da economia do país, conforme os desejos da Hitler de saias, que não se comove com o sofrimento a que gregos e portugueses estão ser sujeitos, com as danosas políticas de austeridade. O problema também é do Partido Socialista, cúmplice e solidário com o Memorando da Traição, e que, agora, na oposição, não consegue descartar. António José Seguro limita-se a vociferar protestos, de estilo panfletário, falando farisaicamente ao coração dos portugueses, mas sem se comprometer com projetos concretos, ao mesmo tempo que os engana, fazendo-os acreditar que é possível inverter a situação no quadro de entendimento com a troika.
O Partido Socialista tem tantas responsabilidades quanto o PSD, na calamitosa situação do país. Foram estes dois partidos que, em traiçoeira alternância, exerceram o poder durante os trinta e seis anos de governos constitucionais. Foram estes dois partidos que aceitaram sem pestanejar as condições da troika, num ato de submissão vergonhoso, e ignorando os avisos de gente honrada e sabedora, que afirmava ser a receita preconizada contrária aos interesses nacionais, e que não iria garantir a resolução da crise.
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