Paulo Portas pediu ontem que Portugal seja proactivo, sem ser beligerante, nas negociações com a troika para a próxima avaliação, já em Novembro.
PÚBLICO
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Paulo Portas só agora descobriu as virtudes e as vantagens da pro-atividade. Tarde demais, para ele e para o país. Quanto mais se adiar a reestruturação da dívida (uma inevitabilidade) e a saída negociada do euro (outra inevitabilidade), mais difícil será, e com um grau elevado de irreversibilidade, a tarefa de contornar a inevitabilidade do desastre.
Uma atitude pró-ativa teria exigido, de parte de Portugal, um outro tipo de acordo com a troika, que valorizasse preferencialmente o apoio à economia e dilatasse o prazo para a normalização do défice orçamental. Em termos de interesse nacional, que é apenas o interesse do bem comum e não o interesse do capital financeiro, Portugal tem de romper com a asfixia da agiotagem internacional, se quiser sobreviver como país independente e soberano.
É o momento de pegar ou largar. Não me parece que a solução necessária possa vir do atual governo. Paulo Portas não foi pró-ativo, quando apoiou a entrada na moeda única. Paulo Portas não foi pró-ativo, quando assinou o memorando da troika. E Paulo Portas não tem sido pro-ativo no desempenho das suas funções governamentais.
http://www.publico.pt/Política/portas-quer-portugal-proactivo-nas-negociacoes-com-a-troika_1568995
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