PLANO DE
ACÇÃO PARA SÓCRATES IR VOTAR...
É o problema do costume. Obcecados com os
códigos e com as normas jurídicas, os polícias e os juízes demonstram uma
flagrante falta de imaginação, perante o improviso [Ver aqui]. O meu esquema,
para esta situação, a de Sócrates pretender ir votar para as eleições da Assembleia
da República, é muito simples e não transgride a lei eleitoral, que proíbe a
presença de força armada num raio de 100 metros, em redor do local onde
funciona a assembleia eleitoral, excepto se o respectivo presidente da Mesa a
convocar, em face da ocorrência de graves distúrbios. Ora, na minha ideia (eu
não sou idiota, atenção!), é isso mesmo que eu proponho.
Combinado previamente com a polícia, o
presidente da Mesa organiza uma grande zaragata com uns tipos recrutados no
bairro da Cova da Moura, pagos para o efeito com verbas da campanha do PàF
(onde será fácil, depois, inventar uma rubrica contabilística para justificar a
saída do dinheiro, num processo muito parecido com o do défice virtual do OE
2014, devido ao dinheiro do Estado enfiado no Fundo de Resolução, por causa do
Novo Banco). Perante isto, o presidente da Mesa telefona para a polícia, que já
se encontra escondida nas imediações, num carro não descaracterizado e com o
Sócrates preso e com um saco de serapilheira enfiado na cabeça. Saem do carro e
levam o Sócrates, que, naturalmente, ninguém poderá reconhecer, até à
assembleia de voto, onde ele, já sem o saco na cabeça, exercerá o seu direito
de voto. Neste momento, já os meliantes da Cova da Moura deram à sola para uma
determinada rua das redondezas, com muito pouco movimento, onde ficam à espera
que alguém lhes vá pagar o dinheirinho combinado, pelo frete.
Depois de Sócrates votar, ele é rapidamente
algemado (e um polícia simula uma ferida na testa com tinta vermelha, ao mesmo
tempo que oculta o saco de serapilheira num saco de plástico, podendo mesmo ser
um saco de plástico do Pingo Doce) e arrastam-no, assim algemado, para o carro
da polícia, sob a acusação de que foi ele o responsável pelos distúrbios na
assembleia de voto. Entretanto, à chegada da rua onde ficou estacionado o carro
da polícia, já se encontram as câmaras da televisões, avisadas sigilosamente
por um funcionário judicial anónimo, às ordens do juiz Carlos Alexandre e do
procurador Rosário Teixeira.
Se este projecto se concretizar (já enviei a
proposta para a Direcção Geral da PSP), vou ter um ataque de riso, quando o
advogado de Sócrates, João Araújo, aparecer no telejornal, com aquele ar
zangado, a esbracejar e a empurrar as chatas das jornalistas, que lhe irão
perguntar, certamente, se o saco era mesmo de serapilheira e se irá fazer mais
algum recurso…
2 comentários:
Ahahahahahahah. Belo plano! :)
É um plano infalível, Maria Eu. Assim tenha o Director Geral da PSP a inteligência suficiente para o aplicar no terreno.
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