A história da Al-Qaeda e a do Estado Islâmico
ainda está por descobrir e por contar. Para já, começam a surgir algumas peças
de um complexo puzzle de
cumplicidades políticas várias, que nos levam a acreditar que estamos perante
uma grande burla histórica de grandes proporções, nunca antes ensaiada, e
destinada, através da intoxicação mediática, a instalar o medo nas opiniões
públicas, que assim ficam preparadas para aprovar as guerras de punição contra
falsos e inventados inimigos, guerras estas que, entretanto, e secretamente,
são consideradas estratégicas para os governos dos países que querem dominar o
mundo, começando, em primeiro lugar, por tentar exercer o domínio exclusivo
sobre as principais fontes de petróleo. Não esqueçamos que a instabilidade
política e ou a instabilidade militar estão instaladas - através de
sofisticados meios artificiais, que passam pelo financiamento, apoio e mobilização
de oposições minoritárias - nos países que possuem grandes reservas de petróleo
no seu subsolo (países do Médio Oriente e do norte de África, aos quais se
junta a Venezuela), ou na sua Zona Económica Exclusiva (ZEE), como é o caso da
Grécia, e, no futuro, provavelmente, será o caso de Portugal.
O que se sabe, até aqui, é que Bush e Blair
escavacaram um país, o Iraque, porque confundiram as caixas de fósforos, que os
iraquianos traziam nos bolsos para acender cigarros, com armas secretas e
perigosas, de destruição maciça. Já antes, a destruição das Torres Gémeas deu
o pretexto (falso, segundo algumas teorias de conspiração, que denunciam uma
grande intimidade e cumplicidade entre a CIA e Bin Laden), para lançar uma
impiedosa guerra contra os talibãs e a Al-Qaeda, no Afeganistão, um país que
faz fronteira com a China, e que, por isso, é ideal para lá instalar rampas de
lançamento de mísseis para domesticar o único país que poderá vir fazer frente
às ambições hegemónicas dos EUA. Na Líbia, o rebelde Kadafi ousou, tal como
Saddam Hussein, no Iraque, quebrar a regra da exclusividade do dólar, como meio
de pagamento do petróleo vendido, começando também a aceitar outras moedas,
principalmente o euro, e, por isso, viu o seu país invadido por mercenários do Qatar, treinados e armados pela CIA e disfarçados de opositores ao regime, e que foram
transportados para o cenário de guerra por barcos da Marinha francesa. Saddam e
Kadafi pagaram com a vida a ousadia, embora tivessem tido o privilégio de serem
televisionados nos momentos das suas execuções. Nada melhor para cortar
qualquer devaneio insurrecional aos dirigentes políticos renitentes.
A Síria, cujo governo dos Assad (do pai e do
filho) tem sido o opositor mais coerente ao regime sionista de Israel, que lhe
anexou os Montes Golã, é o último obstáculo para que os EUA exerçam um total
domínio do Médio Oriente, já que fica desimpedida a via terrestre que liga a
Turkia à Arábia Saudita e aos emiratos árabes. Não estranhemos, pois, a
assassina, hedionda e avassaladora onda invasora das forças do Estado Islâmico
contra a Síria, forças estas que estão a praticar um autêntico genocídio, destruindo tudo
por onde passam, lançando o pânico e provocando o maior êxodo da História
Contemporânea.
Deixo, finalmente algumas perguntas, que só no
futuro, quando se reescrever a História, terão a devida resposta:
Primeira: Por que razão o governo dos EUA e os
das potências europeias foram tão lestos a desencadear uma guerra de punição no
Iraque, por causa das tais caixas de fósforos dos iraquianos (repare-se que as
tais armas de destruição massiva nunca apareceram e nunca mais se falou delas),
e não se mobilizaram para destruir o grupo terrorista do Estado Islâmico (uma
autêntica aberração nos tempos modernos)?
Segunda: Quem é que financia e promove, com
grande facilidade, a aquisição de sofisticadas armas de guerra por parte do
Estado Islâmico?
Terceira: Como é que foi possível aos agentes do
Estado Islâmico (ou seriam os agentes de uma outra coisa qualquer?) fazerem um
recrutamento massivo de jovens árabes radicados na Europa para as suas fileiras
no Médio Oriente, mesmo nas barbas das eficientes polícias secretas europeias?
Quarta: Por que razão a Alemanha já lançou a
bisca exploratória de pretender uma gestão integrada, centralizada na comissão
europeia, de todos os mares que banham a Europa e de querer constituir um
Exército europeu? Será que nos planos secretos dos verdadeiros patrocinadores do Estado Islâmico, escondidos na sombra, a invasão da Península Ibérica
está mesmo prevista e caucionada, para depois fazer nascer um estado totalmente
colaborante com o imperialismo alemão e com o imperialismo americano, após o
extermínio e o êxodo da população autóctone? É que pelas costas dos outros
podemos ver as nossas e, por outro lado, na política internacional não há
amigos, mas apenas interesses hegemónicos. E, no caso de Portugal, esses interesses estão
concentrados na rapina das potenciais riquezas da maior ZEE do
mundo
Quinta: Porque será que Bin Laden está vivo e em
liberdade, a acreditar na notícia da Hispan.TV (ver aqui), com base na
informação do insuspeito Snowden?
Sem comentários:
Enviar um comentário