Apenas três apontamentos, muito curtos, sobre as
eleições de hoje, na martirizada Grécia:
1º - O povo grego, ao contrário do povo
português, já identificou bem os seus inimigos, os dois partidos que, ao longo
dos últimos quinze anos, conduziram o seu país à catástrofe, o partido Nova
Democracia, o primo direito do PSD e do CDS, e o PASOK, o irmão gémeo do PS.
2º - Ingenuamente, ao votarem no actual Syrisa,
de Alexis Tsipras, os gregos - em face do actual contexto da agiotagem da totalitária e imperial Alemanha, que é quem mais ordena na UE - continuam a pensar que é possível permanecer na zona euro e, ao mesmo tempo, não aceitar as
assassinas políticas de austeridade, que vão agarradas como lapas ao terceiro
resgate. Daqui por um ano, vão deixar de acreditar, mas talvez já seja tarde demais para evitar uma nova catástrofe. Mas não poderão queixar-se.
3ª - A Grécia foi um ponto cintilante de luz na
nossa esperança de derrotar a arrogância da Europa. Hoje, é o mar de escuridão
da nossa desilusão, desilusão que é necessário vencer para que novas luzes de
esperança possam acender-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário