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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Oskar Lafontaine: Arquitecto alemão do euro defende fim da moeda única


O antigo ministro das Finanças alemão e arquitecto Oskar Lafontaine Arquitecto alemão do euro defende fim da moeda únicao da moeda única, Oskar Lafontaine, considera que só com o fim do euro países como Portugal, Espanha, Chipre e Grécia podem sair da crise financeira que abala a Europa. A opinião de Lafontaine, citado pelo jornal i, será um sinal da mudança de opinião dos partidos de esquerda da Alemanha sobre a moeda europeia.
Primeiro foram os partidos de direita a mostrarem-se eurocépticos, agora também são os de esquerda, e, pela voz de Oskar Lafontaine, a admitir que o caminho escolhido pelos países da zona euro está “a conduzir à desgraça”, cita o jornal i.
Oskar Lafontaine foi ministro das Finanças alemão e arquitecto da moeda única, mas não esconde a sua preocupação pelo facto de a Alemanha ser o único país a beneficiar com o euro. Lafontaine alerta para o perigo de países como Portugal, Espanha, Chipre e Grécia virem a ser “forçados a combater a hegemonia alemã mais cedo ou mais tarde”.
Para o alemão, a “situação económica piora de dia para dia” e a solução para sair da crise passa pelo fim da moeda única. Em referência a Portugal, Oskar Lafontaine admitiu que “os países em crise só podem sair dela, quando a moeda única for rasgada”. 
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Quem continuar a pensar que a alternativa do país não passa pela saída do euro está a enganar-se a si próprio e a enganar os outros. A moeda única foi concebida no interesse da Alemanha, que a alinhou pelo marco, prejudicando as economias mais fracas da Europa. Não omitindo as culpas próprias de governos irresponsáveis e incompetentes, alinhados com os grandes grupos económicos, os indicadores macro-económicos (défice orçamental, balança comercial e balança de pagamentos, dívida e produtividade) agravaram-se continuamente após a adesão ao euro. Portugal vestiu um casaco demasiadamente grande para o seu corpo, que o alfaiate já não consegue ajustar, porque se corta de um lado (austeridade), desequilibra no outro (crescimento económico).

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