Transcrição de um comentário que deixei numa página da internt, onde me tenho envolvido em acesas discussões políticas:
Eu, ontem à noite, proporcionei aos leitores deste
grupo, a leitura deste poema, para que tivessem bons sonhos. Mas, afinal,
quem teve um sonho mau, fui eu. Foi um daqueles pesadelos, que nos sacodem o
sono e nos deixam patéticos, ao acordar, enquanto, lentamente, tateamos a
claridade da realidade. Tinha sonhado, e isto não é ficção, que o PS de Seguro
e o PSD de Passos, depois de despedirem Paulo Portas, por o considerarem um empecilho, tinham chegado a um
acordo patriótico para salvar a Pátria. A fim de evitarem as eleições
prometidas por Cavaco, em Junho de 2014, que só vinham a atrapalhar os contornos da negociata, resolveram dividir
o poder, não através de uma coligação, mas através da divisão do seu exercício,
numa escala temporal. O PSD governava até Junho de 2014 e o PS, de 2014 até
2015, até ao final da legislatura, comprometendo-se os dois partidos a fazer o
necessário para reduzir o défice orçamental até ao limite imposto pela troika.
No comunicado em que anunciavam triunfalmente o estabelecimento deste acordo
patriótico, também diziam que "os sacrifícios seriam suportados por todos
os portugueses, sem excepção, custe o que custar e doa a quem doer"
(lembro-me que, nesta passagem do desenrolar do sonho, desatei a rir às gargalhadas), e
acrescentavam a seguir que em 2016 a economia começaria a crescer a um ritmo
vertiginoso (aqui, quase que me urinava a rir, o que teria acontecido se,
entretanto, não tivesse acordado). Respirei de alívio, quando, na consulta
imediata às notícias da net, constatei que o sonho não correspondia à
realidade. Mas se, por uma qualquer maldição, isto vier a confirmar-se, pedirei a todos os
santinhos do céu que me façam sonhar com a chave do próximo euromilhões.
Sem comentários:
Enviar um comentário