Páginas

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Pacto orçamental permite a Portugal “declarar independência dos mercados”, diz Viviane Reding

A vice-presidente da Comissão Europeia Viviane Reding considerou hoje que a ratificação do pacto orçamental é uma forma de Portugal “declarar independência dos mercados” e dar o primeiro passo na “vida após a crise da dívida”.
PÚBLICO
***#***
Esta mulher julga que está a falar para mentecaptos. Portugal vai "declarar a independência" em relação aos mercados, apenas pela simples razão de que a vai perder em relação às tentaculares instituições da União Europeia (UE). E como aquelas instituições estão ao serviço do grande capital financeiro (os tais mercados), o grande negócio acaba por ficar nas mesmas mãos. Trata-se de mais uma perda de uma parcela da soberania nacional. Fixar por via legislativa um limite ao défice orçamental dos estados membros significa limitar a ação dos respetivos governos em situações de emergência. A medida, imposta pela Alemanha, não considera as particularidades e especificidades da economia de cada um dos país da zona euro, nem, dentro de cada país, as variações macro-económicas, que jvenham a justificar intervenções nas políticas orçamentais, próprias e independentes.   
http://economia.publico.pt/Noticia/pacto-orcamental-permite-a-portugal-declarar-independencia-dos-mercados-diz-viviane-reding-1544712#

3 comentários:

heitor disse...

Essa é uma amarra difícil de desatar, que nos deixaria sem autonomia para gerir o país segundo os nossos próprios interesses a cada momento...

heitor disse...

O momento em que vivemos deve ser equacionado como um ataque a nível global dos donos do mundo que actuam no sentido de restaurar e recompor o sistema capitalista mundial num plano superior aquele em que se movem os governos que são ultrapassados e reduzidos à sua insignificâcia de gestores subordinados sem responsabilidade de decisão no âmbito deliberativo....

Alexandre de Castro disse...

Heitor: Obrigado pela sua esclarecida intervenção.
Eu até diria que os governos passaram à categoria de agências locais dos grandes bancos da capitalismo financeiro internacional.