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domingo, 8 de abril de 2012

Admitir o não regresso aos mercados em 2013 mostra "rumo de desastre" das políticas do Governo

O PCP disse hoje que ao admitir que Portugal poderá não regressar aos mercados em 2013, o primeiro-ministro está a mostrar "o rumo de desastre" para o país das medidas de austeridade impostas aos portugueses.
Jorge Cordeiro salientou ainda que a entrevista do primeiro-ministro a um jornal alemão torna ainda mais atual a proposta que o PCP apresentou na quinta-feira para a renegociação urgente da dívida, pois só dessa forma será possível criar condições para "libertar o país do colete de forças que só traz mais e mais dificuldades".
Diário de Notícias
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Nã há volta a dar. A realidade está a andar a uma velocidade muito superior à dos cenários traçados pelo governo. Se as previsões do Orçamento de Estado ficaram rapidamente ultrapassadas, as do Orçamento Retificativo são surrealistas. Ninguém acredita naqueles números. Dentro do quadro do regime (e refiro quadro do regime, porque pode vir por aí a caminho qualquer surpresa que ponha o país de pernas para o ar), além da renegociação e reestruturação da dívida, e tal como aqui temos defendido várias vezes, impõe-se o regresso a uma moeda nacional e a consequente saída da UE. Se, pelo contrário, a UE não estiver de acordo, terá de, pelo menos, dilatar o prazo para a consolidação orçamental. É impossível recuperar a economia (e não há finanças sem economia), continuando a aplicar compulsivamente um programa político altamente recessivo, como é o do memorando da troika. Só um asno não percebe que, cortando a variável do consumo interno, o PIB e as receitas fiscais não diminuiriam.  

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