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sábado, 10 de abril de 2010

Santos Silva acusa PSD e CDS de não terem acautelado interesses do Estado

Em declarações à TSF, Augusto Santos Silva
lançou a suspeita de que os procedimentos do
Governo de Santana Lopes e de Paulo Portas,
no caso dos submarinos, não terão acautelado
devidamente os interesses do Estado português.
PÚBLICO
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Além de ter de corrigir o défice orçamental, o país e as suas instituições também têm de corrigir o défice da transparência da coisa pública e o da permissividade dos políticos. É dramático assistir ao ineditismo de ver dois primeiros ministros, pertencentes aos dois maiores partidos, apontados como suspeitos em casos de alta corrupção. A Itália viveu uma situação semelhante na década de noventa, com os resultados políticos que se conhecem.
Não duvido que Augusto Santos Silva tenha razão. A fragmentação dos contratos com os alemães, separando o contrato da aquisição dos submarinos do contrato das contrapartidas, criou as condições para facilitar o incumprimento do segundo. Mas Augusto Santos Silva também sabe muito bem que o governo anterior, a que pertenceu, não pode atirar muitas pedras, pois tem telhados de vidro. A manobra da concessão da exploração do Terminal de Alcântara até à década de trinta, à Mota Engil, sem concurso público, e a constituição da Fundação das Comunicações Móveis, para evitar qualquer controlo pelas entidades públicas competentes, não são bons exemplos da defesa dos interesses do Estado Português.

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