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segunda-feira, 26 de abril de 2010

A perversidade do Facebook...

O Facebook, talvez concebido apenas como mais um entretenimento, ameaça transformar-se numa arma poderosa de intervenção política e social, principalmente naqueles casos singulares em que, pelo seu simplismo ou pelo seu forte pendor emocional, o mediatismo será mais fácil de conquistar. Devido à sua enorme capacidade em replicar a informação, em clara progressão exponencial, e apoiado na flexibilidade e facilidade do seu manuseamento, o Facebook conquistou um número vasto de entusiásticos aderentes, que passam a constituir-se num perigoso segmento da opinião pública "activa". O seu segredo reside na vantagem de poder transformar o receptor da mensagem, simultâneamente, em seu emissor qualificado, através do comentário que este pretenda acrescentar-lhe. No espaço de 24 horas, qualquer personalidade pública, que tenha cometido um grave deslize na sua postura e na sua conduta, poderá ver a sua reputação completamente arrasada, através da onda de indignação a varrer o espaço internáutico.
É o caso da deputada do Partido Socialista, Inês de Medeiros, envolvida naquela caricata polémica das viagens pagas entre Paris, onde parece residir, e Lisboa, onde vem assistir, talvez como mera espectadora, às sessões da Assembleia da República. O Facebook saltou-lhe em cima, e a "petição" posta a correr vai recolher a adesão de milhares de facebookeiros, designação esta, cuja autoria reivindico, procedendo aqui ao respectivo registo da patente.
E eu também ajudei à festa, tocando o meu bombo, no meio do chinfrim daquela orquestra com milhares de instrumentos, alguns muito mal tocados, a ofenderem a Língua Portuguesa. Ali deixei dois comentários que, se Inês de Medeiros os chegar a ler, talvez se resolva a pedir a demissão do seu cargo de deputada.
A petição apareceu com o título «Eu quero pagar uma viagem só de ida à Inês de Medeiros», e eu respondi assim:
1ª mensagem: "... E avisem o Osama bin Laden".
2ª mensagem: "Afinal, eu não vou aderir ao movimento «Eu quero pagar uma viagem só de ida à Inês de Medeiros», pois, se lhe pago a viagem de ida, a Assembleia da República é bem capaz de lhe pagar a viagem de volta. De qualquer maneira, avisem o Bin Laden, para mandar seguir no avião o Omar Mahomed!".

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