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terça-feira, 6 de abril de 2010

A câmara da Guarda não poderá demiti-lo de primero-ministro?...



Duas repreensões por unanimidade, ameaças de sanções
legais e severas críticas dos serviços camarários
foram o resultado dos últimos anos da actividade de
José Sócrates como projectista de edifícios na Guarda,
entre 1987 e 1991.
Quanto à informação que deu origem à primeira das
repreensões aprovadas pela câmara, o então chefe da
repartição técnica da autarquia, já falecido, escreveu
textualmente: "O senhor eng. técnico José Sócrates
Carvalho Pinto de Sousa foi já advertido pelo pouco
cuidado que manifesta na apresentação dos trabalhos
apresentados nesta câmara municipal e continua a
proceder de igual forma, sem o mínimo respeito por
ela e pelos seus técnicos (...) Deverão solicitar-se
mais uma vez os elementos nas devidas condições e
adverti-lo que não se aceitarão mais casos idênticos,
sob pena de procedimento legal." A informação conclui,
observando que se Sócrates "não pode ou não tem tempo
de se deslocar à Guarda para fazer os trabalhos como deve
ser só tem um caminho que é não os apresentar."
PÚBLICO
***
Com tantas repreensões averbadas e com tantos enxovalhos a macularem a sua vaidade, não admira que José Sócrates, fazendo apelo ao seu brio, tivesse resolvido ir tirar o curso de engenheiro na Universidade Independente. Depois de deixar o cargo de primeiro-ministro, talvez venha a abalançar-se a um doutoramento.

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