Duas repreensões por unanimidade, ameaças de sanções 
legais e severas críticas dos serviços camarários 
foram o resultado dos últimos anos da actividade de 
José Sócrates como projectista de edifícios na Guarda, 
entre 1987 e 1991.
Quanto à informação que deu origem à primeira das 
repreensões aprovadas pela câmara, o então chefe da 
repartição técnica da autarquia, já falecido, escreveu 
textualmente: "O senhor eng. técnico José Sócrates 
Carvalho Pinto de Sousa foi já advertido pelo pouco 
cuidado que manifesta na apresentação dos trabalhos 
apresentados nesta câmara municipal e continua a 
proceder de igual forma, sem o mínimo respeito por 
ela e pelos seus técnicos (...) Deverão solicitar-se 
mais uma vez os elementos nas devidas condições e 
adverti-lo que não se aceitarão mais casos idênticos, 
sob pena de procedimento legal." A informação conclui, 
observando que se Sócrates "não pode ou não tem tempo 
de se deslocar à Guarda para fazer os trabalhos como deve 
ser só tem um caminho que é não os apresentar."
PÚBLICO
***
Com tantas repreensões averbadas e com tantos enxovalhos a macularem a sua vaidade, não admira que José Sócrates, fazendo apelo ao seu brio, tivesse resolvido ir tirar o curso de engenheiro na Universidade Independente. Depois de deixar o cargo de primeiro-ministro, talvez venha a abalançar-se a um doutoramento.

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