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domingo, 26 de outubro de 2014

Relatório sobre Citius fala em suspeitas de "ilícitos criminais"


A Procuradoria-Geral da República recebeu, na sexta-feira à tarde, o relatório sobre o “caos” que se instalou no sistema judicial devido às falhas na plataforma Citius, aquando da implementação do novo mapa judiciário. Segundo apurou o jornal i, existem indícios que apontam para omissão de informações por parte de chefias, o que, segundo o despacho do Ministério da Justiça, pode configurar a prática de “ilícitos de natureza criminal”.

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À fase "canibalística" da Justiça, segue-se a fase cabalística. Como já não é possível esconder o "caos" e o grande fracasso do programa informático Citius, que o governo sempre tentou relativizar até ao ridículo, a estratégia passou agora para a invenção da cabala, tentando culpar, por "omissão de informações", estruturas intermédias do ministério. A intenção é desculpabilizar politicamente a respetiva ministra, procurando-se assim manter intacta, a todo o custo, a estrutura do governo, condição esta que, nos dias de hoje, se apresenta como essencial para a sua sobrevivência.
Solicitada a investigar eventuais ilícitos criminais, a Procuradoria-Geral da República, a primeira diligência que deveria fazer seria a de indagar as razões que levaram Paula Teixeira da Cruz a ignorar sobranceiramente, há uns meses atrás, os motivos que levaram os técnicos informáticos do ministério, responsáveis pela operacionalidade do Citius, a pedir, em bloco, a sua demissão.

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