A Procuradoria-Geral da República recebeu, na
sexta-feira à tarde, o relatório sobre o “caos” que se instalou no sistema
judicial devido às falhas na plataforma Citius, aquando da implementação do
novo mapa judiciário. Segundo apurou o jornal i, existem indícios que apontam
para omissão de informações por parte de chefias, o que, segundo o despacho do
Ministério da Justiça, pode configurar a prática de “ilícitos de natureza
criminal”.
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À fase "canibalística" da Justiça,
segue-se a fase cabalística. Como já não é possível esconder o "caos"
e o grande fracasso do programa informático Citius, que o governo sempre tentou
relativizar até ao ridículo, a estratégia passou agora para a invenção da
cabala, tentando culpar, por "omissão de informações", estruturas
intermédias do ministério. A intenção é desculpabilizar politicamente a
respetiva ministra, procurando-se assim manter intacta, a todo o custo, a
estrutura do governo, condição esta que, nos dias de hoje, se apresenta como essencial para a sua sobrevivência.
Solicitada a investigar eventuais ilícitos
criminais, a Procuradoria-Geral da República, a primeira diligência que deveria
fazer seria a de indagar as razões que levaram Paula Teixeira da Cruz a
ignorar sobranceiramente, há uns meses atrás, os motivos que levaram os
técnicos informáticos do ministério, responsáveis pela operacionalidade do
Citius, a pedir, em bloco, a sua demissão.
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