"Nos termos do Tribunal Constitucional, a
reversão salarial em Portugal em 2016 deverá ser total, porque o Tribunal
Constitucional não permitiu que a proposta que o Governo anunciou pudesse em
2016 prosseguir com mais uma devolução de 20% do corte salarial", afirmou
o primeiro-ministro durante o debate na generalidade do Orçamento do Estado
para 2015.
Mas, acrescentou, caso seja reeleito nas
legislativas do próximo ano irá apresentar novamente a proposta chumbada pelos
juízes do Palácio Ratton: "Se eu for primeiro-ministro nessa altura
não deixarei de apresentar novamente essa proposta, portanto, proporei que a
reversão salarial seja de 20% em 2016, como consta de resto daquilo que tem
sido a posição pública do Governo".
***«»***
Definitivamente, entrou-se no deboche
eleitoralista... O que no ano passado eram inevitabilidades e dificuldades, são
agora facilidades e benesses.
Esta promessa do governo não tem nenhuma
sustentabilidade no cenário macro-económico dos próximos anos, com as
exportações a estagnarem, devido à deflação que ameaça a economia europeia. E
com as exportações a perderem vigor e o consumo interno a continuar a ser
travado pela austeridade, o PIB não poderá crescer. Por outro lado, em 2015, e
até 2021, Portugal passará a pagar ao FMI os empréstimos concedidos por esta
instituição internacional, ao abrigo da Programa de Assistência Económica e
Financeira (troika), o que vai obrigar o governo português a financiar-se no
mercado da dívida, contraindo novas dívidas para pagar as anteriores, o que
agravará a sua dependência perante o exterior.
Mas vai haver uns tantos tansos que vão
acreditar novamente em promessas eleitorais...
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