Credores andam há "cinco anos a pilhar a
Grécia", afirmou Tsipras
Esta segunda-feira, Tsipras emitiu um
comunicado, a que o Financial Times teve acesso, no qual assegura que não está
disposto a insistir em mais medidas de austeridade.
“Só podemos suspeitar que há motivações
políticas por trás do facto de insistirem em mais cortes nas pensões, apesar de
cinco anos de pilhagem”, acusa o Chefe do Executivo helénico.
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Entrava pelos olhos dentro que a grande pressão
da Alemanha e dos parceiros europeus, com aquele absurdo Plano de Ajustamento,
não pretendia ajudar a Grécia e Portugal. Eles sabiam que, ao obrigarem os dois
países a rapidamente equilibrarem o défice orçamental, impondo dolorosas
medidas de austeridade sobre a população, iriam promover um elevado e
irreversível desemprego e uma diminuição da riqueza nacional (PIB). Eles sabiam
que uma enorme franja da classe média iria passar para os limiares da
pobreza. Eles sabiam que a fome e a falta de cuidados de saúde iriam
dramaticamente atingir a população mais desfavorecida. Ele sabiam que os dois
países nunca mais poderiam pagar a dívida que lhes foi imposta. Eles sabiam
disto tudo. Mas, o mais grave, é que é isto que eles querem que venha a
acontecer, para que os gregos e os portugueses, uma vez atingida a indigente
miséria, se ponham de joelhos, não podendo já resistir ao saque das riquezas
dos dois países ( exploraração da mão de obra barata e a obtenção de concessões
majestáticas sobre os mares das respetivas ZEE's). E Alexis Tsipras foi o
primeiro político a denunciar esta armadilha, de que eu tenho vindo a falar no
meu blogue.
Perante estas evidências, que a vergonhosa
cumplicidade dos partidos do "arco da traição" [PSD, CDS e PS]
procura esconder da opinião pública, aqueles portugueses que continuarem a
apoiar convictamente ou ingenuamente a acreditar na bondade dos dirigentes da
UE [que se encontram a soldo do capitalismo financeiro e do novo imperialismo
alemão], estão a contribuir para a babilónica escravidão futura do povo grego e
do povo português.
Urgentemente, os portugueses têm de escolher
líderes corajosos e clarividentes que enfrentem com coragem a tirania da
Alemanha e a arrogância dos tecnocratas de Bruxelas.
AC
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