O cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU) ao Parlamento Europeu, João Ferreira, pediu a «eleição de mais deputados» e defendeu que Portugal deve, «desde já», começar a preparar-se para um eventual abandono da moeda única.
«O futuro do país é inviável dentro do euro. Não
devíamos ter entrado, mas também sabemos que a saída, hoje, não nos leva ao
ponto de partida e muito menos ao ponto em que estaríamos se não tivéssemos
entrado. Daí a importância da adoção de medidas que preparem o país, desde já,
face a qualquer reconfiguração da zona euro», afirmou, na cerimónia de
lançamento da candidatura, em Lisboa.
O atual eurodeputado referiu que a «preparação
deve ser feita não apenas em face de possíveis desenvolvimentos na crise da
União Europeia, mas também em nome de uma saída de Portugal do euro por decisão
e interesse próprios».
TVI24 (vídeo e texto completo)
TVI24 (vídeo e texto completo)
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A saída de Portugal do euro não é assumida por
nenhum postulado ideológico. É uma necessidade premente, imposta pela
racionalidade da ciência económica, que postula que o valor da moeda de um país
deve estar em consonância com os objetivos da respetiva política
económica. No atual contexto da crise, Portugal necessita de uma moeda que
promova acentuadamente as exportações e diminua as importações, desiderato que
o euro não facilita. Por outro lado, já se percebeu que a moeda única se transformou
numa arma de dominação e de chantagem, tal como a dívida soberana.
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