Segundo Olli Rehn serão os
mercados que aferirão o nosso sucesso ou insucesso. Ou seja, o sucesso de
Portugal, não será medido pelo clube a que pertence, mas sim aos
"mercados", essa entidade invisível, líquida e não identificável. Se
isto é a Europa, para que é que desejamos pertencer a ela?
Fernando
Sobral
***«»***
Encarando toda a atividade humana como um
negócio (incluindo a própria cultura), os agentes do capitalismo financeiro
adquiriram um poder imenso, que lhes abriu a porta para poderem influenciar a
política global e as políticas de cada país, em particular. Os políticos,
quando chegam ao poder, e sem que tenham um mandato claro dos eleitores, nesse
sentido, rapidamente iniciam a aplicação de políticas económicas (umas até
encomendadas) do agrado do mundo da finança, da indígena e da internacional,
torpedeando assim qualquer processo democrático. Através das bolsas e dos
bancos, o capital organizou um gigantesco processo operacional, que veio
mercantilizar financeiramente a maior parte das atividades económicas das
sociedades. Tudo se joga nas bolsas, que, através da procura e da oferta, às
quais se junta a especulação, fixam, a cada momento, o valor dos produtos. Com
este processo, a própria moeda de cada país ganha a distorcida dimensão de
mercadoria, em desfavor das suas funções matriciais, a de meio de troca e a de
meio de pagamento.
A própria dívida soberana dos países não escapou a este processo, que está a ser constantemente envenenado com manobras especulativas, destinadas a encontrar taxas de juro hiper-valorizadas, que permitam uma maior encaixe financeiro. E, com esta acelerada financeirização da economia, a dívida transformou-se gradualmente num instrumento de poder e de chantagem. Portugal que o diga.
A própria dívida soberana dos países não escapou a este processo, que está a ser constantemente envenenado com manobras especulativas, destinadas a encontrar taxas de juro hiper-valorizadas, que permitam uma maior encaixe financeiro. E, com esta acelerada financeirização da economia, a dívida transformou-se gradualmente num instrumento de poder e de chantagem. Portugal que o diga.
2 comentários:
Portugal que o diga...mas quem diz mais é o povo que está a ficar depenado....já está.....Quem ganha é sempre os mesmos....Europa serviu para nos tramar...mais os corruptos que nos andam a governar. Os mais ricos é que andam a encher os bolsos com os juros que cobram....não estão a ajudar nem fazer favor.....
Ana: O euro transformou-se na arma do saque silencioso, meticulosamente organizado pelos países ricos da Europa. A Dívida foi a grande estratégia desse saque.
Obrigado, pelo seu comentário.
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