A recuperação portuguesa não passa despercebida
e o Financial Times voltou a colocar os esforços ‘lusos’ nas bocas do mundo.
Num artigo onde descreve o país como o “herói-surpresa da retoma na Zona Euro”,
este jornal destaca o importante papel das exportações e do turismo na luta
contra a crise.
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Nós já sabemos como se organizam as campanhas
mediáticas de intoxicação da opinião pública. A história já é velha, mas ainda
há muita gente a ser seduzida e enganada.
O Finantial Times, sob a capa de uma falsa
independência, é o jornal que reflete a ótica dos agentes do capitalismo
financeiro. E, em ano de eleições para o Parlamento Europeu, é importante
apresentar casos de sucesso económico, na Europa, resultantes da aplicação da
cartilha neoliberal, embora os autores da cabala tenham de recorrer à
descontextualização dos indicadores económicos e omitir outros, por
conveniência de serviço.
Sobre o fracasso do Memorando da troika,
aplicado a Portugal, nem uma palavra. E a verdade é que todos objetivos macro
económicos previstos [défice orçamental, dívida, desemprego e saldo líquido da
procura externa (exportações menos importações)] não foram alcançados. Também
não há nenhuma referência ao empobrecimento irreversível do povo português, nem
à fome endémica, que está a atingir a população mais pobre.
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