Talvez
até a Vida seja simples.
Os
meus lábios são, por exemplo,
feitos
de vento
e
a minha voz é uma cortina de fumo
para
me defender do frio.
Lembrei-me
um dia
de
cortar os dedos
para
não mais escrever poesia.
(Nunca
chorei tanto
em
toda a minha Vida!...)
Hoje
tenho a convicção das dunas,
sei
que os meus cabelos
escrevem
365 livros por ano
e
procuro sozinha o Infinito.
in
"Coração dos relógios", Editora Pergaminho, 1998 - Lisboa, Portugal
A "poeta" maria azenha colabora regularmente no Alpendre da Lua.
A "poeta" maria azenha colabora regularmente no Alpendre da Lua.
2 comentários:
Que nunca lhe doam os relâmpagos
Fazem falta estes dedos...
Muito belo, este poema.
Beijo
Sónia
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