"Há duas ilusões a evitar, a que é possível uma política alternativa com a manutenção do euro e mais federalismo como querem o PS e o Bloco de Esquerda e a ideia de que tudo se resolve com uma saída pura e simples do euro, qualquer que seja a forma como se sai e as condições de saída", advertiu Agostinho Lopes.
Diário de Notícias
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Sendo a moeda um instrumento vital para a economia que serve, o seu valor deve adaptar-se às necessidades dessa mesma economia, o que não aconteceu com o euro em relação à economia portuguesa. Já aqui afirmámos que, no dia em que o euro começou a circular em Portugal, a competitividade externa da economia portuguesa desvalorizou-se na mesma proporção da valorização do euro em relação ao escudo. Embora muitos estrangulamentos tivessem ocorrido na década anterior, principalmente ao nível da dívida pública e ao da dívida dos bancos nacionais, que começaram a crescer a partir de 1995, todos os indicadores macroeconómicos sofreram um agravamento a partir da adesão à moeda única. O consumo interno, com o destaque para os bens não transacionáveis, passou a ser o motor da economia, que entretanto estagnava, devido ao fraco crescimento das exportações, que nunca mais atingiram o ritmo de crescimento assinalável da segunda metade da década de oitenta. É pois admissível concluir que a moeda única é uma das causas (não a única) da grave crise do momento atual, e que a submissão à política imposta pela União Europeia veio agravar dramaticamente.
Deixemos-nos de ilusões. Quanto mais tarde Portugal denunciar o memorando da troika, quanto mais tarde exigir condições aceitáveis para uma reestruturação da dívida e quanto mais tarde sair do euro, mais difícil será libertarmos-nos deste ciclo infernal de somarmos constantemente mais austeridade à austeridade já existente. A prosseguir a política assassina do governo do PSD/CDS, que até já pretende hipotecar a qualificação dos jovens, com o seu projeto de acabar com a gratuitidade do ensino, e ao aceitar acriticamente a posição do Partido Socialista, que nem sequer é capaz de querer denunciar a submissão ao memorando da troika, Portugal terá apenas como garantia futura a perpetuação de uma crise profunda e duradoura.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2921281
Deixemos-nos de ilusões. Quanto mais tarde Portugal denunciar o memorando da troika, quanto mais tarde exigir condições aceitáveis para uma reestruturação da dívida e quanto mais tarde sair do euro, mais difícil será libertarmos-nos deste ciclo infernal de somarmos constantemente mais austeridade à austeridade já existente. A prosseguir a política assassina do governo do PSD/CDS, que até já pretende hipotecar a qualificação dos jovens, com o seu projeto de acabar com a gratuitidade do ensino, e ao aceitar acriticamente a posição do Partido Socialista, que nem sequer é capaz de querer denunciar a submissão ao memorando da troika, Portugal terá apenas como garantia futura a perpetuação de uma crise profunda e duradoura.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2921281