Donald Trump, através das suas declarações
públicas assumidas, está a revelar-se um líder atípico e controverso, que não
se enquadra no tradicional perfil político-partidário do mundo ocidental,
centralizado na existência de dois partidos, aparentemente antagónicos, mas que
se confundem na comum defesa e aceitação do sistema político e económico, instituído
nos países ocidentais.
Trump, de certa forma, veio baralhar esta
conformidade, criada e consolidada, na sequência da segunda guerra mundial e
aprofundada, posteriormente, com a globalização. Principalmente, em relação à
política externa, ele vai dividir a meio os dois partidos, o Republicano e o
Democrata, quer na cúpula, quer nas bases, criando, em ambos, apoiantes e
opositores. A aproximação à Rússia, a declarada hostilidade em relação à China
e um certo distanciamento e desinteresse em relação à Europa - as três
questões, onde ele foi mais claro e assertivo - são as que mais cócegas vão
fazer nos dois aparelhos partidários e aos congressistas e aos serviços
secretos (CIA e companhia).
Já, em relação ao Médio Oriente, ele foi
errático nas suas promessas, nas quais não se percebem bem as suas intenções e
os seus objectivos. Talvez aqui, tenha imperado alguma prudência, pois a
política a seguir no Médio Oriente é a que mais interessa ao poderoso lobie sionista, que não irá permitir
desvios à política dos EUA, sobre Israel.
A nível interno, é de esperar a assumpção de uma
política neoliberal pura e dura, com algum populismo à mistura.
Alexandre
de Castro
2017 01 21
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