Fonte: Eurostat |
Fonte: Eurostat |
Salário
mínimo em Portugal é metade do da Alemanha
Acordo
político que está a ser negociado pelo PS, PCP e BE contempla a subida do
salário mínimo em Portugal. Neste momento, face ao poder de compra, ele é
metade em Portugal do que é na Alemanha. Mas a produtividade lá é 40% superior
à de cá
O
salário mínimo nacional é metade em Portugal do que é na Alemanha, em paridades
de poder de compra - ou seja, considerando o poder de compra que o salário
permite face ao custo de vida de cada país.
Tendo
em conta este critério, a Alemanha tem aliás o segundo maior salário mínimo da
zona euro, sendo apenas superado pelo do Luxemburgo, que é 120% superior ao
nosso. Bélgica, Holanda e França têm salários mínimos quase 90% mais altos que
o português.
Esta
comparação é feita numa altura em que o debate político à esquerda avança com o
tema do aumento do salário mínimo em cima da mesa. Embora ainda não se conheçam
os termos do acordo (ou dos acordos), tanto o Bloco de Esquerda como o PCP
quiseram impor ao PS um salário mínimo de €600 mensais, quase mais 20% do que
os atuais €505 mensais. Catarina Martins, líder do BE, já disse que o aumento
poderia ser faseado, em longo de vários anos, presumivelmente os quatro de uma
legislatura. Estas negociações decorrem para BE e PCP viabilizem um governo PS,
liderado por António Costa.
Portugal
tem um salário mínimo de €505 mensais, pago 14 vezes por ano. Ajustando esse
valor para 12 meses (multplicando pois por 14 e dividindo por 12) e corrigindo
o nível de poder de poder de compra na zona euro, esse salário corresponde a
€726. Aplicando o mesmo racional aos salários mínimos dos demais países, para
efeitos de comparação, verifica-se que Portugal está no fim da lista entre
países da zona euro.
Para
comparar salários, é preciso também comparar níveis de produtividade. É isso
aliás que muitos empresários e associações empresariais têm dito nos últimos
dias: que um aumento do salário mínimo implicará mais custos nas empresas, o
que pode levar a perda de competitividade nos mercados externos e a redução do
número de trabalhadores. Daí que o discurso seja frequentemente o de fazer
alinhar aumentos de salários com melhorias de produtividade.
Uma
das formas de avaliar a produtividade é calcular o PIB por pessoa empregada
(portanto deixando de fora do cálculo os desempregados). Ora, nesse critério, e
segundo o Eurostat, Portugal apresente uma das mais baixas produtividades da
União Europeia (é o 20º país dos 28).
Apenas
sete países da União Europeia têm produtividade inferior à de Portugal. O
Luxemburgo lidera o "ranking", estando a Alemanha em 12º lugar. O
produto por trabalhador germânico é quase 40% superior ao do português.
Fonte:
Eurostat
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