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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Hora Magna | a Rogel Samuel


Hora Magna | a Rogel Samuel
Publicado em 27 de dezembro de 2015


Fala! Santo Silêncio de minha Vida,
Orquídea recôndita de meu espírito,
De onde uma nota mística deseja brotar…
Fala ! Santo Espírito que habita
O santo silêncio de meu Silêncio Santo!
Fala !
Para lá das profundidades ,
Para lá das águas santas da Santa Árvore,!

Em minha Noite escura
Procuro as luzes de Teresa d’Ávila e
De Francisco de Assis,
Bem como as de S. João da Cruz!

Fala !
Porque a minha vida precisa da tua Voz Santa
Preludiada pelo Santo Silêncio na sinfonia das Luas!
Porque eu anseio e careço ,
Súbita como um relâmpago,
Algo em Ti que me cubra
Na Voz de um idioma transcendente!
Que seja como uma montanha branca
Coroada de neve e música !

Que o Passado, o Presente e o Futuro,
Os três enigmas do tempo sob o olhar da Esfinge,
Sejam Sol de um só acorde !

Fala! Porque minha vida é Símbolo
Da mágica Rosa Invisível!
Da Magna Rosa de 5 pétalas ocultas
Que não são deste mundo!
Fala! Porque por detrás das pétalas
Outras se abrem,
E ainda mais outras que não acabam …
E eu morro e viajo e resvalo lentamente para o Santo Nada!
E a viagem ascende pelo corpo que me transcende
E em ziguezague serpenteia a doce melodia do Fogo!

Fala!
Voz diáfana em meu silêncio de Aliança
Em pétalas da Arca da Esperança
Que espera pelo Noivo em sua Palavra doce!

Fala! Santo Espírito de minha vida !
Desperta minha Alma no Sanctum Sanctorum
Para além dos véus das pétalas ilusórias!

Princesa adormecida ! Espera por Ele!
Espera!
Espera sempre!
Espera pacientemente pelo beijo do Santo Silêncio
Em sua taça de mármore argênteo!
E rompe a própria cercadura de pranto e Neve
E se volve Pedra, que toca em seu próprio Corpo,
Porque Nele está a Rosa, A Estrela imaculada,
A que Esplende.

A Hora Magna!

© maria azenha

in “ O Santo Nada”, 2015.
(Poesia inédita)

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