Hora Magna |
a Rogel Samuel
Publicado em 27 de dezembro de 2015
Fala! Santo
Silêncio de minha Vida,
Orquídea
recôndita de meu espírito,
De onde uma
nota mística deseja brotar…
Fala ! Santo
Espírito que habita
O santo
silêncio de meu Silêncio Santo!
Fala !
Para lá das
profundidades ,
Para lá das
águas santas da Santa Árvore,!
Em minha Noite escura
Procuro as
luzes de Teresa d’Ávila e
De Francisco
de Assis,
Bem como as
de S. João da Cruz!
Fala !
Porque a
minha vida precisa da tua Voz Santa
Preludiada
pelo Santo Silêncio na sinfonia das Luas!
Porque eu
anseio e careço ,
Súbita como
um relâmpago,
Algo em Ti
que me cubra
Na Voz de um
idioma transcendente!
Que seja como
uma montanha branca
Coroada de neve e música !
Coroada de neve e música !
Que o Passado, o Presente e o Futuro,
Os três
enigmas do tempo sob o olhar da Esfinge,
Sejam Sol de
um só acorde !
Fala! Porque minha vida é Símbolo
Da mágica
Rosa Invisível!
Da Magna Rosa
de 5 pétalas ocultas
Que não são
deste mundo!
Fala! Porque
por detrás das pétalas
Outras se
abrem,
E ainda mais
outras que não acabam …
E eu morro e
viajo e resvalo lentamente para o Santo Nada!
E a viagem
ascende pelo corpo que me transcende
E em ziguezague
serpenteia a doce melodia do Fogo!
Fala!
Voz diáfana
em meu silêncio de Aliança
Em pétalas da
Arca da Esperança
Que espera
pelo Noivo em sua Palavra doce!
Fala! Santo Espírito de minha vida !
Desperta
minha Alma no Sanctum Sanctorum
Para além dos
véus das pétalas ilusórias!
Princesa adormecida ! Espera por Ele!
Espera!
Espera
sempre!
Espera
pacientemente pelo beijo do Santo Silêncio
Em sua taça
de mármore argênteo!
E rompe a
própria cercadura de pranto e Neve
E se volve
Pedra, que toca em seu próprio Corpo,
Porque Nele
está a Rosa, A Estrela imaculada,
A que
Esplende.
A Hora Magna!
© maria
azenha
in “ O Santo Nada”, 2015.
(Poesia
inédita)
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