Mais de 2,2 milhões de pessoas vivem atualmente
em privação material em Portugal, segundo um inquérito do Instituto Nacional de
Estatística, que aponta uma redução de cerca de 425 mil pessoas a viver nesta
situação face a 2014.
Os dados constam do Inquérito às Condições
de Vida e Rendimento das Famílias realizado anualmente pelo Instituto Nacional
de Estatística (INE) sobre rendimentos do ano anterior das famílias residentes
em Portugal.
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O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento
das Famílias talvez seja o melhor instrumento estatístico para fazer o retrato,
a preto e branco, do panorama social do país, porque, essencialmente, fala de
pessoas e dos seus problemas. Isto, claro, não invalida a necessidade e a
utilidade dos outros indicadores macro económicos, dos quais a governação não
pode prescindir.
O que aquele inquérito nos mostra é que o
retrato social do país, em 2015, está bem negro, embora tenha melhorado
ligeiramente em relação ao ano anterior, o que era expectável, devido ao facto
de 2015 ser um ano de eleições. Foi uma ligeira melhoria meramente conjuntural
e não estrutural. E enquanto não se enfrentarem, com determinação, as entorses
da economia portuguesa, que é obrigada a ter de viver com uma moeda
hipervalorizada em relação à produtividade, o que exige uma mudança de
políticas, a inversão do panorama social do país, que aquele inquérito
reflecte, não ocorrerá tão cedo, antes irá agravar-se.
4 comentários:
A ver vamos diz o cego
Abraço
Bem vão os que se dedicam à caridadezinha...
Não lhes falta "matéria-prima"
(não vai ser fácil sair disto!)
Puma: Trata-se de um mar de incertezas. Pode ser que, no próximo domingo, de Espanha, venha bom vento e um bom casamento.
Obrigado.
Abraço
Rogério: A caridade pode engrandecer quem a pratica, mas humilha sempre quem a recebe.
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