Afinal, as coisas não são tão más como pareciam
no início da divulgação dos resultados, com a TVI a fazer o frete à coligação,
considerando-a a incontestada vencedora das eleições, baseando-se na sondagem à
boca das urnas. Foi, afinal, uma vitória de Pirro, aquilo que os pauliteiros do
Paulo e os pedreiros do Pedro vitoriaram. A coligação, neste momento em que
escrevo, já perdeu a maioria de deputados. PS, BE e CDU já têm mais deputados,
e a projecção indica que esta situação vai progredir, pois só agora é que
começam a ser contabilizados os votos das freguesias dos grandes aglomerados
urbanos, mais alinhadas com a esquerda. A coligação, em relação às eleições
anteriores, perdeu a maioria absoluta, perdeu votos e perdeu mandatos. Foi uma
derrota, que a coligação pretendeu esconder atrás da derrota do PS. Agora, em
relação ao próximo governo, tudo vai depender do PS, que possivelmente vai
começar a ser pressionado e chantageado pelos dirigentes políticos europeus, no
sentido de se aliar à coligação ou de viabilizar o seu governo minoritário. Se
for assim, o PS, a prazo, será um partido liquidado, tal como o PASOK e o PSOE.
Como conclusão, é necessário dizer que os partidos europeístas, os partidos da troika e da austeridade (PS, PSD e CDS) foram castigados.
4 comentários:
O país continua albardado
O país continua albardado e aldrabado.
Veremos agora quem vai roer a corda
E ainda haverá corda para roer?...
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