A minha
resposta a uma mensagem de uma amiga, que me enviou o texto do Livro Branco
sobre o Futuro da Europa.
Querida amiga:
Julgo que o futuro da nossa "querida"
Europa foi decidido ontem, em Paris, pelo Bando dos Quatro, com o mesmo
cinismo com que, no passado, se contava às criancinhas a história do Menino
Jesus, a descer pela chaminé, no dia de Natal, para deixar prendas no
sapatinho.
A proclamação de que a Europa iria caminhar, com
sucesso, ao encontro de um risonho futuro (para a Alemanha e para a França, digo eu) num
comboio a duas velocidades (já há quem diga que é a várias velocidades, ficando
sem se saber se se pode meter a marcha atrás), soou a uma declaração fúnebre do
projecto europeu. De tal forma, que nem sequer fomos brindados com os beijinhos
da praxe à czarina, beijinhos esses que, no passado, o infeliz Sarkozy não
desperdiçava.
A Europa já é um cadáver adiado. As contradições
da sua existência, como espaço económico unificado, são, desde há muito tempo,
evidentes. Uma evidência que dói, pois é de dor o cenário que se vislumbra em
Portugal, na Grécia e no Chipre. A chantagem financeira e política substituiu a
solidariedade falsamente apregoada, solidariedade esta, em que eu nunca
acreditei, pois considerei sempre que a UE era um espaço de negócio, desenhado
para benefício dos dois países ricos, que a dominam, a Alemanha e a França.
E eu pasmo de espanto como os nossos dirigentes
políticos ainda sonham que podem conduzir o carro europeu em quinta velocidade!
O meu conselho é que o governo compre uma carroça e um burro mirandês. Pelo
menos, poupa dinheiro em gasóleo.
Alexandre
de Castro
2017 03 07
2 comentários:
Um nado morto
Abraço
Abraço, Puma.
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