Teoria da
Demanda de Keynes e Portugal e o seu labirinto…
Os dirigentes políticos portugueses, antes de
terem assinado a adesão à moeda única, o acordo com a troika e o Tratado Orçamental, deveriam ter aprendido esta lição de
Economia, sobre a Teoria Geral da Demanda, de Keynes. Portugal não estaria hoje
no grande buraco em que se encontra, se esses dirigentes não estivessem
deslumbrados com a cavalgada neoliberal, a variante mais agressiva do
capitalismo moderno - em que a liderança passou a estar nas mãos do capital
financeiro – e que se caracteriza por aprofundar a transferência da riqueza dos
países menos ricos para os países mais ricos, e, dentro de cada país, transferir
os rendimentos do trabalho para os rendimentos do capital.
Devido à subserviência desses políticos, em
relação a Bruxelas e a Berlim, Portugal passou à categoria de país semi-independente,
e, se nada for feito em sentido contrário ou se a União Europeia conseguir
resistir aos terramotos políticos, económicos e sociais, que se avizinham,
daqui por uns anos, Portugal será uma colónia da Europa.
Há anos que eu e muitos outros andamos a dizer
isto. E o que está a acontecer, hoje, na Europa, parece que nos está a dar
razão. O ressurgimento da onda populista da extrema-direita deve-se
essencialmente às contradições da construção europeia, que foi desenhada para
fortalecer as economias da Alemanha e da França. O resto são histórias da
carochinha, para embalar crianças.
Alexandre
de Castro
2017 03 15
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