Cravo
negro
Cravo, onde está a tua cor,
não sei dela, não sei de mim,
roubaram-te a esperança,
a mesma que tiraram de mim...
Estás de luto vestido,
quem te trajou afinal,
foi essa gente desgovernada,
que anda a matar Portugal...
Vejo as tuas lágrimas sobre a terra,
e choro eu contigo também,
com saudades desse tempo,
em que não pertencíamos a ninguém...
Venderam-nos a alma,
deixaram-nos o corpo ao abandono,
somos como cães sem raça,
de quem já ninguém quer ser dono...
Somos vagabundos esquecidos,
mas que não conseguem esquecer,
o Amor por um país,
que nos seus braços nos viu nascer...
Ártemis
***«»***
Hoje irei trazer uma braçadeira preta no braço e
um cravo vermelho ao peito...
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