O surgimento da religião justifica-se pela
necessidade do homem primitivo tentar encontrar uma explicação plausível para a
sua existência e para a existência de tudo aquilo que o rodeava: a Terra, o
Céu, o Sol e todos os outros astros. Mas bem depressa, o poder político da
classe dominante em cada sociedade se apropriou desse tesouro para se
justificar a si próprio, acabando por a institucionalizar. Até hoje. Estado e
Religião sempre estiveram unidos no mesmo projeto de domínio político, social e
económico, embora tacitamente façam tudo para dar a entender que agem
separados.
Na sua matriz, todas as religiões se baseiam nos
mesmos princípios e nos mesmos fundamentos, muitos deles herdados das religiões
primitivas que surgiram no Médio Oriente, há cerca de cinco e quatro mil anos,
embora as que sobreviveram ao desgaste do tempo tivessem de adaptar-se
doutrinariamente à evolução civilizacional das sociedades.
A antiga astrologia inspirou as narrativas e as
simbologias primitivas da ação das divindades, narrativas e simbologias essas
que foram sendo herdadas, com as devidas adaptações, pelas civilizações
posteriores. O judaísmo e o Cristianismo não fugiram à regra.
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