Um poema sublime (dos melhores poemas de Maria
Azenha), que escorrega das fontes de todas as lágrimas pelas nossas mãos já
frágeis do nosso desespero e do nosso desencanto, porque “Abril chega e nunca
mais vem”, tendo-se perdido no labirinto das “palavras sem projeto” e
desfazendo o sonho, mil vezes sonhado e desejado do país que queríamos sem
escravos.
Mas “quebrou-se este país antigo e puro, conduzido
por homens de má-fé e cegos”, que lhe roubaram as “estrelas” e as “bússolas de
frente”, para que as “aves” fossem “caindo, uma a uma”.
Obrigado, Maria Azenha.
Alexandre de Castro
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