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domingo, 25 de setembro de 2011

George Soros: "A crise europeia é mais perigosa que a de 2008"

O investidor George Soros acredita que "a crise europeia é mais perigosa que a de 2008", porque nesse ano a comunidade internacional dispunha dos instrumentos e das autoridades necessárias para resolver os problemas. Já nesta crise, "a Zona Euro ainda está a construir" as suas instituições.Poru
Num seminário organizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a crise na Zona Euro, Soros a disse que a União Monetária precisa de um Ministério das Finanças comum com capacidade de endividamento. Na sua visão é preciso uma instituição que, por um lado, garanta, com credibilidade, que tem capacidade de acudir a países em dificuldades e de ter dinheiro e legitimidade política para comandar um combate à crise. Por outro, precisa de resolver o problema de várias dívidas públicas e uma só moeda.
No seu entender o “Fundo Europeu de Estabilidade Europeia é um embrião desse ministério das finanças” europeu, defendendo que se por acaso o FEEF ganhar o poder para se endividar no mercado então estarão lançadas de forma indirecta as polémicas obrigações europeias (eurobonds).
Soros deu um sinal de esperança na resolução da crise imediata – até porque a quebra do euro implicaria o colapso do sistema financeiro internacional - mas traçou um cenário negro para o futuro de médio e longo prazo.
“A crise europeia poderá acabar por ser controlada, mas temo que se siga uma contracção de grande dimensão do crédito e dos orçamentos”, frisou o presidente da "Soros Fund Management".
O seminário sobre a crise na Zona Euro contou, ainda, com Gao Xiqing, o presidente do fundo soberano chinês, Olli Rehn, comissário europeu, Nemat Shafik directora-geral adjunta do FMI e Vítor Gaspar, ministro das Finanças português.
Dinheiro Vivo

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