Que
venha de Espanha um bom vento
e um bom casamento
Os
eleitores espanhóis, hoje, não estão apenas a escolher, de acordo com as suas
simpatias partidárias, o próximo governo de Espanha. Como pano de fundo, eles
levam na cabeça a sua opinião sobre a União Europeia. Nesta perspectiva, os
resultados finais da votação, e tal como se fosse um referendo, também vão
determinar se a Espanha deverá ou não rever a sua posição, em relação à UE e ao
euro. Esta é que é grande questão que se coloca ao nível da decisão de todos os
actos da governação, tal já é o elevado nível de integração política e
económica, alcançado no seio da União. Os espanhóis sabem, tal como os
portugueses, os gregos e os cidadãos de todos os outros países do grupo, que já não podem controlar, com o seu voto, as
políticas orçamentais e financeiras dos seus respectivos países, cujas
competências passaram a ser exercidas em Bruxelas, por uns burocratas
eurocratas, que ninguém conhece e que não foram eleitos democraticamente.
Por
isso, não nos admiremos muito, se, amanhã, acordarmos com mais um terramoto
político, que atinja em cheio o coração do europeísmo.
Oxalá
que sim, penso eu, que já percebi toda a engenharia de rapina, que a Alemanha
arquitectou, no seu interesse.
AC
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