Ferreira Leite: FMI percebeu que caminho
seguido por Portugal não era o mais conveniente
Manuela
Ferreira Leite considera que o recente relatório do FMI mostra que as
instituições internacionais perceberam que o caminho traçado nos resgates
económicos, como o efetuado em Portugal, “não é o mais conveniente”.
Comentando
outro assunto da atualidade, a ex-líder do PSD criticou também o anúncio de que
o fundo de estabilização financeira da Segurança Social será utilizado para a
recuperação de edifícios que terão renda controlada. Um investimento considerou
ser pouco rentável e como tal uma perversão da lógica do fundo. Ferreira Leite
frisou que lógica do fundo, constituído com dinheiro dos contribuintes, é a de
ser um “mealheiro” que permita continuar a pagar as pensões casa haja uma falha
de receitas. “Não só a aplicação é errada, como se está a mexer num dinheiro
cujos objetivos não são aqueles”, afirmou.
Expresso
***«»***
Pela
primeira vez, venho dar o meu apoio à opinião de Manuela Ferreira Leite, que se
encontra num quadrante político, oposto ao meu. Concordo com a crítica que ela
faz ao programa de ajustamento, aplicado a Portugal, pela troika, e que, desde
o seu início, sempre denunciei, assim como a que é feita em relação à
utilização do dinheiro do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança
Social, destinado a financiar obras de reabilitação urbana, que o actual
governo pretende promover, e que, para o futuro, constitui um grande risco para
os pensionistas, até porque uma nova crise global vem a caminho, não se podendo
ainda saber se ela poderá vir a afectar o equilíbrio financeiro da Segurança
Social.
E,
perante uma crise global, os respectivos retornos dos saques, àquele fundo não
estão garantidos.
António
Costa está a fazer uma manobra perigosa, num tempo de muitas incertezas e de
muitos perigos, transferido para a Segurança, em termos de investimentos, as
funções dos bancos, que se encontram falidos, e do próprio Estado, que ameaça
falência. Não queiram agora levar à falência a Segurança Social, da qual
dependem milhões de portugueses, eu incluído.
AC
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segunda-feira, 18 de abril de 2016
Ferreira Leite: FMI percebeu que caminho seguido por Portugal não era o mais conveniente
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