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segunda-feira, 25 de abril de 2016

25 DE ABRIL: O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO...

AQUI COMEÇOU A ALIANÇA POVO MFA...

O 25 de Abril já é uma marca genética do povo português. É inapagável. Foi uma revolução que uniu o povo inteiro e que o povo sufragou na grandiosa e memorável manifestação do primeiro de Maio de 1974, a maior manifestação de sempre, na qual eu não pude participar, por me encontrar lá longe, nos antípodas, no hemisfério sul, mas que acompanhei - emocionado, com os olhos marejados de lágrimas e um grande sufoco na garganta - pregado a um aparelho de rádio, sintonizado em onda curta, na Emissora Nacional.
A Revolução de 25 de Abril trouxe agarrada a si o intenso aroma dos cravos, cravos (e aqui reside o seu lado mais romântico) que substituíram as balas, quando o povo, num delírio incandescente, já andava em festa, misturado com os soldados, numa aliança inédita e original, que a História já registou.

"Portugal 74-75" - O retrato do 25 de Abril





25 DE ABRIL, SEMPRE...

domingo, 24 de abril de 2016

A corrupção roeu as entranhas do poder e os alicerces do regime - o regime vai cair...

Expresso: GES pagava avenças a políticos e tinha 2 milhões em notas em cofres

Escrevi várias vezes por aqui que "Ricardo Salgado nunca iria ser julgado, pois, se ele resolvesse abrir a boca, o regime caía". Agora, com a divulgação dos Panamá Papers, ele já não precisa de abrir a boca, pois o Ministério Público também já tem na sua posse (desde há um ano!) o nome de políticos (alguns de nomeada), funcionários públicos, gestores, empresários e jornalistas, envolvidos no escândalo.
Eu não me admirei nada com a confirmação da existência deste pântano. Pressentia-o pelos sinais exteriores que o rasto da corrupção vai deixando, e que quase são imperceptíveis.
Desta vez, a culpa não pode morrer solteira. O povo português nunca mais poderá levantar a cabeça se, neste caso e noutros que irão aparecer, do mesmo jaez, a mão pesada da Justiça não se fizer sentir. Seria o descalabro e o total descrédito do regime, se não se fizer justiça.

sábado, 23 de abril de 2016

Discurso da ONU desmente o PiG [ou como se enganam papalvos]


A campanha mediática também faz parte do golpe. Quando necessário, lá se vai a independência e a isenção do jornalismo. Neste caso, a notícia do acontecimento antecipou-se ao próprio acontecimento, que acabou por não acontecer. Foi um intencional exercício de cartomancia jornalística, para enganar papalvos, como eu, que, acriticamente, acreditei naquela falsa e tendenciosa informação da imprensa brasileira, de que Dilma poderia aproveitar, à margem do evento internacional em que iria participar, a oportunidade para denunciar a cabala de que está a ser vítima.
[Texto publicado no espaço dos comentários do blogue Conversa Avinagrada, de onde retirei este vídeo].

quinta-feira, 21 de abril de 2016

GOLPISTAS TENTAM IMPEDIR QUE DILMA DIGA NA ONU O ÓBVIO: GOLPE É GOLPE


Apesar da aprovação da moção para a abertura da impugnação do mandato presidencial, Dilma continua no pleno uso de todas as suas competências e prerrogativas, como Presidente da República. E não poderá ser a vontade dos deputados, e muito menos, no ponto de vista moral, a dos deputados corruptos e golpistas, que as irão revogar. 
Dilma é a Presidente da República do Brasil e, nessa condição, vai onde quiser, como quiser e para dizer o que quiser. A ONU é um excelente palco para ela proclamar ao mundo a sua inocência e a sua razão. Não existe nenhum motivo constitucional nem político que sustente a iniciativa em curso, para lhe instaurar o processo do impeschment
Como português, sinto-me revoltado com o que está a passar-se no Brasil. No meu blogue e no Facebook tenho-me empenhado em defender a Presidente Dilma, que está a ser vítima da direita cavernícola do seu país. 

FORÇA DILMA!... VIVA O BRASIL!...
[Comentário que deixei no blogue Verdades Ocultas]

Hier encore (legendado)


Onde estão os meus vinte anos? Descontraidamente, o tempo correu, como a corrente de um rio, sem me aperceber que as margens mudavam de cor, todos os dias. Não podes banhar-te duas vezes nas mesmas águas de um rio, disse Heráclito, de Éfeso, filósofo da Grécia Clássica, o pai da Dialéctica.
Vozes sublimes, que encantam.Sonoridades densas, que embalam os sonhos. Uma canção que deslumbra e emociona. 
Mergulhei na embriaguez da saudade... Resta aprender "a acariciar o tempo e brincar com a vida"...

Vamos falar de algo completamente diferente da Grécia? Krugman escolhe Finlândia e... Portugal

Este artigo do Expresso data de Julho de 2015, quando a Grécia estava a viver o turbilhão referendário. Mas, apesar disto, mantém toda a actualidade, já que as verdades, ao contrário das mentiras, não têm prazo de validade. Ele deve ser lido, principalmente, pelos entusiastas do euro.
AC
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Vamos falar de algo completamente diferente da Grécia? Krugman escolhe Finlândia e... Portugal

03.07.2015 
http://expresso.sapo.pt/economia/2015-07-03-Vamos-falar-de-algo-completamente-diferente-da-Grecia--Krugman-escolhe-Finlandia-e.-Portugal


Para fugir “à depressão” de falar sobre a Grécia, o economista premiado com um Nobel volta-se para a exemplar Finlândia. Mas, afinal, este “modelo de sociedade europeia" perdeu 10% do PIB em oito anos - se não fosse a crise do sul da Europa, poderia ser apontado como “um desastre épico”. Depois, fala de Portugal, que seguiu a receita europeia de “austeridade dura” e está 6% mais pobre. No referendo grego, Krugman continua a votar “não”

Está cansado de ouvir falar da crise grega e procura algo completamente diferente? Porque não rumar à Finlândia, uma nação que "não poderia ser mais diferente dos países corruptos e irresponsáveis do sul da Europa" e se apresenta como "um modelo de sociedade europeia, com um governo honesto, finanças públicas sólidas, um rating de crédito sólido, e capacidade de se financiar nos mercados a taxas incrivelmente reduzidas"?

Este é exatamente o caminho de fuga "à depressão grega" seguido pelo economista norte-americano Paul Krugman, num artigo publicado na edição desta sexta-feira do jornal "The New York Times", com o título "Os (muitos) desastres económicos da Europa".

No entanto, o início irónico, a prometer algo de novo, rapidamente leva o autor novamente a falar de crise. Porquê? Porque oito anos de crise económica cortaram o PIB per capita da Finlândia em 10% e não parece haver sinais de que as coisas fiquem por aqui. Aliás, se não fosse "o pesadelo" da crise vivida no sul da Europa, os problemas da economia finlandesa poderiam ser considerados "um desastre épico", diz o economista premiado com um Nobel em 2008. 

No entanto, Krugman não esquece que a Finalândia não está sozinha. "É parte de um arco de declínio económico" que apanha o norte da Europa, desde a Dinamarca, que não está no euro mas gere a sua moeda como se estivesse, à Holanda". São países, diz Krugman, que estão a ter performances "muito piores do que a da França", muito criticada na comunicação social pela sua política de segurança social, mas que que na verdade está a portar-se melhor de que quase todos os outros parceiros europeus, à exceção da Alemanha.

E há, ainda, outros casos negros no sul da Europa para lá da Grécia, recorda o economista, salientando que a liderança europeia está apostada em apresentar a recuperação espanhola como um caso de sucesso quando o país tem uma taxa de desemprego de 23% e o PIB per capita continua abaixo dos níveis anteriores à crise, nos 7%.

Será o "sucesso ao estilo europeu", sugere Krugman para referir, logo de seguida, o caso de Portugal. "O país implementou obedientemente a dura austeridade e está 6% mais pobre do que era antes".

Cada história começa à sua maneira
“Afinal, porque haverá tantos desastres económicos na Europa?”, interroga o economista para salientar que quando se contam as histórias da crise em cada um destes países, encontra-se sempre princípios diferentes. É verdade que o governo da Grécia se endividou muito, mas a Espanha não e tem como protagonistas do seu caso os empréstimos privados e a bolha imobiliária. Já na Finlândia não já dívidas, mas uma redução da procura de produtos florestais, ainda na liderança das exportações do país, além de problemas na indústria transformadora e na Nokia.

O que estas economias têm em comum é o facto de terem aderido ao euro, o que as colocou num colete-de-forças, diz Krugman, que sempre teve uma posição crítica relativamente à moeda única europeia. O especialista não se esquece de referir que a Finlândia também passou por uma crise económica grave, no final dos anos 80, mas conseguiu resolver o problema em boa parte pela desvalorização da sua moeda, tornando as exportações mais competitivas. 

"Infelizmente, desta vez, não pode desvalorizar a sua moeda. E o mesmo acontece nos outros países europeus com problemas", acrescenta.

Isto significa que o euro foi um erro? "Sim", responde Krugman sem hesitações. Mas isso não quer dizer que deve ser eliminado, agora que existe. E acrescenta: "O fundamental, agora, é aliviar o colete-de-forças". 

Para isso, seria preciso atuar em várias frentes, desde um sistema unificado de garantias bancárias à flexibilidade no que respeita à exigência do pagamento da dívida por parte dos países em situação mais difícil, renunciar à austeridade excessiva e fazer todo o possível por subir a taxa de inflação da Europa, atualmente abaixo de 1%, para pelo menos 2%.

A favor do "não" no referendo grego
Sobre o referendo grego, Krugman continua a defender o voto no "não". Em caso de vitória do "sim", o que representa uma cedência às exigências dos credores, os gregos estariam simplesmente "a dar poder e coragem aos arquitetos do falhanço da Europa", diz 

Na sua opinião, "os credores já demonstraram a sua força e capacidade de humilhar quem desafiar as suas exigências de austeridade sem fim e vão continuar a defender que o desemprego em massa é o único caminho".

A vitória do "não" abre um período de incerteza. É verdade que a Grécia entrará "em terreno assustador e desconhecido" e pode, até, ter de sair do euro. No entanto, diz Krugman, este cenário oferece ao país "uma hipótese real de recuperação" e representará um choque "para as elites europeias".

A concluir, Krugman faz um apelo direto ao "não". "É razoável temer as consequências de um voto no 'não', uma vez que ninguém sabe o que virá a seguir. Mas deveriam temer ainda mais as consequências de um voto no 'sim', pois nesse caso já todos sabemos o que se segue: mais austeridade, mais desastres e eventualmente uma crise muito pior do que aquela que vivemos agora".
MARGARIDA CARDOSO

http://expresso.sapo.pt/economia/2015-07-03-Vamos-falar-de-algo-completamente-diferente-da-Grecia--Krugman-escolhe-Finlandia-e.-Portugal

FMI. Mundo pode estar à beira de uma nova crise financeira

Christine Lagarde, diretora-geral do FMI. Foto: REUTERS/Mariana Bazo

FMI. Mundo pode estar à beira de uma nova crise financeira
O Mundo pode estar à beira de uma nova crise financeira, de grandes proporções e, logo, altamente destrutiva para as economias, avisa o Fundo Monetário Internacional (FMI) num estudo que sublinha o tom sombrio da comunicação da passada terça-feira sobre as tendências macroeconómicas globais.
Se houver nova rutura nos mercados, FMI conclui que 4% da riqueza mundial evapora em cinco anos. 
Dinheiro vivo
Ver aqui

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Em 2014, o economista nobilizado, Nouriel Roubini, previu uma grande crise mundial, a ocorrer em 2016, e que iria afectar os países emergentes e os países do norte da Europa. Parece que, mais uma vez, não se enganou. Os países emergentes (China, Brasil e outros) estão a desacelerar. A Finlândia já está em recessão económica, há quatro anos, e já por lá se discute a saída do euro (a imprensa não fala disto). A Suécia começou também, no ano passado, a ter problemas na sua economia. E os países do sul acabarão, por ricochete, por sofrer impactos negativos. 
Posteriormente, o economista Rogoff, o guru que inspirou as políticas de austeridade, aplicadas aos países periféricos da Europa, veio dizer que esta crise iria ser muito pior do que a de 2008.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

As últimas fotografias de Marilyn Monroe, acompanhadas por um poema de Jorge de Sousa Braga






A 13 de junho de 1962, Marilyn Monroe deixou-se fotografar pelo amigo George Barris. Morreu três semanas depois, mas ficaram as imagens que têm apaixonado os fãs desde que o fotógrafo as publicou.
OBSERVADOR
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A lua e Marilyn

Tinha duas faces como a lua
Uma que toda a gente conhece
e outra (a que nunca se vê, a que não reflecte o sol)
e que ninguém (ou quase ninguém) está interessado em conhecer
É esse o teu lado que me fascina
que sempre me fascinou
Pousavas sobre as coisas (uma bicicleta, os lábios de Yves Montand)
como uma borboleta
e não pesavas mais do que isso
e o écran ficava amarelo quando te punhas a sacudir
o pólen que trazias agarrado nas mãos
Eu que sempre gostei de ir ao fundo de tudo
(e acabo por me ficar pela superfície de tudo)
custa-me a entender como é que tu ao passares a língua
pela casca de um fruto carnudo
lhe ficavas logo a conhecer o sabor ácido da polpa

90-60-90…

São essas rigorosamente as medidas do universo
em que te movias
as medidas do pesadelo
que faz com que de manhã o céu acorde com olheiras enormes
e eu todo partido como se tivesse levado uma grande surra
Vejo-te a navegar num mar onde milhares de homens
desaguam desesperadamente
O mar está encapelado
Nem me dou conta que está morta –
Subiram o pano
A sessão da tarde vai começar…
Gostaria de me encontrar depois contigo
num dos manicómios desta cidade
(há vários e vai ser difícil escolher)
Talvez nos pudéssemos dedicar aí a cultivar rosas
amarelas e fragrantes
nos jardins da nossa inconsistência

Jorge de Sousa Braga
O Poeta Nu
Lisboa, Fenda, 1999

Agradecimento...


Agradeço ao Ruca a amabilidade de ter aderido ao Alpendre da Lua.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Turquia faz ultimato à UE e ameaça rejeitar refugiados [ou o declínio da Europa]


Turquia faz ultimato à UE e ameaça rejeitar refugiados

Se restrições à atribuição de vistos a cidadãos turcos não forem aliviadas até junho, como definido no acordo Turquia-UE, Ancara vai deixar de aceitar acolher refugiados e migrantes que entraram “ilegalmente” em território europeu
A um dia de se encontrar com o chefe da Comissão Europeia, previsto para esta terça-feira à tarde, o primeiro-ministro turco avisou que o acordo firmado entre o país e a União, há um mês, vai ter um fim abrupto se as restrições à atribuição de vistos a turcos não tiverem sido aliviadas até junho, como previsto nesse acordo.
Expresso
Ver aqui
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A Europa de joelhos, perante o turco. Uma outra Constantinopla irá cair nas mãos dos otomanos, se a Turquia entrar na UE. Será um verdadeiro Cavalo de Tróia.
A islamização da Europa é um projecto global para todo o mundo árabe, tal como é o dos EUA, para conseguir dominar o mundo, no ponto de vista militar, económico e financeiro. São dois projectos que já estão a ser executados, passo a passo, em surdina, sem que os europeus se tenham apercebido, ou, se perceberam, tenham calado.
Tal como aconteceu com o Império Romano (aliás, com todos os impérios), a Europa entrou num declínio irreversível, tendo esgotado o seu potencial civilizacional. A morte será lenta, com uma agonia prolongada.
AC

segunda-feira, 18 de abril de 2016

FICA DILMA...


O Brasil exibiu perante o mundo um deplorável espectáculo, que mais parecia um circo romano, no Coliseu. A política, por obra e graça dos seus agentes, muitos deles afogados nos escândalos da corrupção, desceu ao nível do excremento e da cloaca. O Brasil ficará refém de si próprio, enquanto não fizer uma profunda catarse do sistema político e partidário.
O que está a ocorrer no Brasil é, na realidade, um bem elaborado golpe de Estado, inspirado e apoiado do exterior e desencadeado pelos partidos representativos dos interesses das classes possidentes. Dilma não é suspeita de nenhuma infracção nem de nenhum crime, que justificasse o recurso à bomba atómica constitucional. Além de se ter politizado a Justiça, agora, judicializou-se a política. E isto é muito grave para o futuro do Brasil.
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Na realidade, Dilma governou mal, mas este julgamento cabe aos eleitores e não pode constituir argumento para recorrer à bomba atómica constitucional, o impeachment. 
Dilma cometeu erros na área política e na área económica. 
Na área política, porque descartou os partidos de esquerda que, em coligação, contribuíram para a sua eleição, assim como, anteriormente, para a eleição de Lula, preferindo antes piscar o olho aos partidos de direita. Na actual crise, perdeu apoios nas duas áreas. Faltou-lhe instinto político.
Na área económica, e apesar de ela ser economista, não percebeu que não podia repetir o modelo de Lula, que aproveitou os excedentes proporcionados pelo" boom" das exportações, para retirar da miséria cinquenta milhões de brasileiros, o que conseguiu. Com maior rendimento disponível, este segmento populacional entrou rapidamente numa euforia consumista, que os bancos estimularam intensivamente, emprestando dinheiro a baixo juro. Se Dilma tivesse estudado o que aconteceu em Portugal e nos outros países europeus teria logo intervindo, a fim de evitar o crescente endividamento das famílias. Só mais tarde, quando a evidência da crise dos incumprimento já era uma realidade, e à qual se veio juntar a queda das exportações do petróleo e dos produtos agrícolas, é que ela reagiu, escolhendo o pior caminho, a receita neoliberal da austeridade. A partir daí começou a perder apoios, que a direita revanchista aproveitou. Como essa direita não conseguiu, por um fio, evitar a sua reeleição, avançou-se para o desencadeamento de golpe de Estado palaciano, antecedido por campanhas mediáticas de grande envergadura, em que se procurou intoxicar a opinião pública brasileira.

Ferreira Leite: FMI percebeu que caminho seguido por Portugal não era o mais conveniente


Ferreira Leite: FMI percebeu que caminho seguido por Portugal não era o mais conveniente

Manuela Ferreira Leite considera que o recente relatório do FMI mostra que as instituições internacionais perceberam que o caminho traçado nos resgates económicos, como o efetuado em Portugal, “não é o mais conveniente”.
Comentando outro assunto da atualidade, a ex-líder do PSD criticou também o anúncio de que o fundo de estabilização financeira da Segurança Social será utilizado para a recuperação de edifícios que terão renda controlada. Um investimento considerou ser pouco rentável e como tal uma perversão da lógica do fundo. Ferreira Leite frisou que lógica do fundo, constituído com dinheiro dos contribuintes, é a de ser um “mealheiro” que permita continuar a pagar as pensões casa haja uma falha de receitas. “Não só a aplicação é errada, como se está a mexer num dinheiro cujos objetivos não são aqueles”, afirmou.
Expresso
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Pela primeira vez, venho dar o meu apoio à opinião de Manuela Ferreira Leite, que se encontra num quadrante político, oposto ao meu. Concordo com a crítica que ela faz ao programa de ajustamento, aplicado a Portugal, pela troika, e que, desde o seu início, sempre denunciei, assim como a que é feita em relação à utilização do dinheiro do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social, destinado a financiar obras de reabilitação urbana, que o actual governo pretende promover, e que, para o futuro, constitui um grande risco para os pensionistas, até porque uma nova crise global vem a caminho, não se podendo ainda saber se ela poderá vir a afectar o equilíbrio financeiro da Segurança Social. 
E, perante uma crise global, os respectivos retornos dos saques, àquele fundo não estão garantidos.
António Costa está a fazer uma manobra perigosa, num tempo de muitas incertezas e de muitos perigos, transferido para a Segurança, em termos de investimentos, as funções dos bancos, que se encontram falidos, e do próprio Estado, que ameaça falência. Não queiram agora levar à falência a Segurança Social, da qual dependem milhões de portugueses, eu incluído.
AC

sábado, 16 de abril de 2016

Dados secretos revelam ligação de Portugal a offshores



Dados secretos revelam ligação de Portugal a offshores

Os dados do Offshore Leaks, um conjunto de informações secretas entregues ao International Consortium of Investigative Journalism, revelam a existência de pelo menos 22 nomes e 12 offshores ligadas a Portugal, escreve este sábado o Expresso.

Offshore Leaks é o nome dado a um conjunto de cerca de 2,5 milhões de documentos secretos relativos a offshores das Ilhas Virgens Britânicas, das Ilhas Cook e ainda de outros paraísos fiscais.
Portugal também aparece na lista. De acordo com o Expresso, existem 12 offshores registadas em nome de pessoas que deram a morada portuguesa e 22 portugueses que, com morada portuguesa e estrangeira, são directores de offshores.
NOTÍCIAS AO MINUTO [25 de Junho de 2013]

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Afinal, já se sabia da "coisa"! Nós é que nos esquecemos, ou, então, não valorizámos, na altura, a notícia, nem a comunicação social a veio lembrar. A notícia, que aqui deixo, é de 25 de Junho de 2013, do Notícias ao Minuto, e que reporta para o jornal Expresso. E, como se pode ver, os documentos entregues ao "International Consortium of Investigative Journalism" não se referem apenas ao Panamá, mas também a outros paraísos fiscais, espalhados pelo mundo, assim como o seu número é maior do que aquele que foi anunciado recentemente.

Eu não ponho em dúvida a veracidade de tudo aquilo que, até ao momento, tem sido divulgado, até porque, embora não acredite em bruxas, sei que elas existem. Por mera intuição e palpite, até por aqui já escrevi, há uns tempos, que o dinheiro depositado nos offshors e aquele que circula nas bolsas de valores multiplicam muitas vezes o dinheiro que é aplicado na economia real, e esta será uma das razões estruturais que podem explicar as crises financeiras sucessivas, que estamos a suportar. É que, o dinheiro que vai para um offshort deixa de ser útil à economia onde foi gerado. 
No entanto, a minha dúvida sobre tudo isto assenta na metodologia que está a ser aplicada para divulgar as informações. Por que razão os primeiros nomes a saltarem para a berlinda foram os dos presidentes da Rússia (*) e da Síria?

É certo que, na primeira lista divulgada, também aparece lá o nome do Rei da Arábia Saudita, um aliado dos EUA. Muita gente pensará que é uma forma dos jornalistas envolvidos neste gigantesco processo marcarem a sua isenção e imparcialidade, que o tempo dirá se vai ser real ou aparente. Eu vou esperar pela próxima reunião anual da OPEP, ainda este mês, para ver se aquele monarca não está a ser submetido a um processo de chantagem, por causa da sua inflexível posição em relação à não diminuição da produção de petróleo, posição esta que prejudica os interesses dos EUA, em relação à rentabilidade esperda da produção de petróleo, através do gás xisto. Depois dessa reunião eu explico melhor esta trama, que, aliás, já aqui referi, pela rama, há uns tempos.

Vamos ver se este grande escândalo financeiro, que põe a nu a podridão do regime capitalista global, vai ou não, no futuro, induzir alterações profundas no sistema. Julgo que não. O capitalismo financeiro precisa dos offshors, tal como eu preciso de comer todos os dias. E se não comer, morro. E para não morrer, tenho de ajudar a combater o monstro.

(*) O nome do Presidente russo, Vladimir Putin não aparece nos registos. Apenas aparecem nomes de alguns dos seu amigos. Mas a forma como as notícias foram dadas, induziram em erro muitos leitores. Quando a notícia se limitava genericamente a elencar os Chefes de Estado e os primeiros ministros envolvidos, avançava-se com o nome de Putin, sem se fazer o respectivo ajustamento à verdade. A isto chama-se manipulação da opinião pública.
AC

quinta-feira, 14 de abril de 2016

ICH BIN EIN BERLINER PT


Vídeo enviado pelo meu amigo / irmão Jorge M. Ribeiro

Portugal vai ficar sem anéis e sem dedos...

Um dia, daqui por alguns anos, quando se fizer o balanço das relações económicas no espaço europeu, chegaremos à conclusão de que o saldo será negativo para Portugal e muito favorável para a economia alemã.
É certo que os dinheiros dos fundos europeus, em que a maior tranche pertenceu à Alemanha, foram decisivos para o desenvolvimento das infraestruturas de Portugal. Mas também é certo que muitos dos equipamentos, como, por exemplo, a maquinaria pesada paras as industrias e para a construção civil,  assim como material de guerra (submarinos), foram importados da Alemanha. Até o alcatrão para as auto estradas veio todo da Alemanha. A economia alemão cresceu à custa das exportações para os países da periferia - Portugal, Grécia e, em menor escala, a Itália.
Também, a nível financeiro, funcionou um esquema predador, que permitiu transferir riqueza dos países da periferia para a Alemanha. Entre amortizações e juros, os bancos alemães reembolsaram grande parte do dinheiro que emprestaram aos bancos portugueses, para estes emprestarem aos jovens, a fim de comprarem casa própria. Como o esquema começou a falhar, devido aos incumprimentos das famílias, a Alemanha socorreu-se da troika, para impor a austeridade, o que veio permitir que a dívida privada dos bancos fosse transferida para a dívida pública, pelo engenhoso processo de forçar o endividamento do Estado português, perante as entidades europeias e o FMI. Será o dinheiro da austeridade que, através de um complexo sistema de operações financeiras, irá limpar parte dos produtos tóxicos dos grandes bancos alemães. A outra parte será paga com o dinheiro das privatizações.
Deste modo, Portugal vai ficar sem anéis e sem dedos.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Maria Luís já pode trabalhar na Arrow e ser deputada



Maria Luís já pode trabalhar na Arrow e ser deputada

"Não existe incompatibilidade ou impedimento no exercício do cargo de administradora não executiva da Arrow Global Group PLC, pela Senhora Deputada Maria Luís Albuquerque e as funções decorrentes do exercício do mandato parlamentar…
Diário de Notícias

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Isto é a mesma coisa do que ser freira de um convento, durante o dia, e, à noite, trabalhar numa casa de alterne.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

WikiLeaks - EUA acusados de pagar investigação para atacar Rússia


A WikiLeaks acusa os Estados Unidos da América de patrocinar a investigação que levou à divulgação dos "Panama Papers", para atacar a Rússia e Vladimir Putin.
No Twitter, a WikiLeaks escreve que a investigação produzida pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação tem como alvos a Rússia e o seu presidente, Vladimir Putin. A WikiLeaks defende que a investigação foi patrocinada pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e pelo magnata norte-americano George Soros.
Jornal de Notícias [Ver aqui]

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O governo dos EUA, através das suas agências, desenvolveu, depois do fim da Segunda Guerra Mundial, um elaborado e sofisticado processo de técnicas de contra-informação, com o objectivo de justificar, perante a opinião pública, principalmente a americana, as guerras punitivas e as ingerências contra os países "descarrilados", aqueles países que pretendiam e pretendem libertar-se da sua órbita de influência política.
AC

Vieira Lopes, presidente da CCP. ‘‘Estamos muito longe da recuperação económica”

João Vieira Lopes, Presidente da Confederação 
do Comércio e Serviços de Portugal

O Orçamento do Estado para 2016 dá alguns passos no sentido certo, mas está ainda longe de representar o virar de página porque as empresas suspiram. A opinião é do presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, que lamenta que o país continue a não definir um modelo económico sustentável e que valorize a importância dos serviços.
Expresso  [Ver aqui]

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Vieira Lopes tem razão, ao afirmar que "Portugal não tem modelo ou estratégia económica". Mas eu diria mais: Portugal nunca poderá delinear qualquer plano estratégico para a sua economia, enquanto estiver amarrado pelo garrote da moeda única e às exigências draconianas da União Europeia, do BCE e do FMI, condicionalismos estes que afectam negativamente a sua competitividade no espaço extra europeu, o único que, nas condições actuais, pode potenciar um crescimento vigoroso das exportações. É uma utopia acreditar que Portugal possa sobrevier, enquanto continuar a trilhar caminhos sabiamente armadilhados, pelos seus falsos amigos.
AC

domingo, 10 de abril de 2016

Gigliola Cinquetti - Non ho l'età


Uma voz que não se apaga da memória…
Uma canção que não se esquece nem se esgota... Como se fosse um eco de uma onda gravitacional, vinda do fundo do Tempo.
Gigliola Cinquetti, em Non ho l'età, transformou-se num ícone da minha geração. E não foi, apenas, aquela voz de cristal, a elevá-la ao estatuto de diva. Foi também aquela ternura, que dela irradia, e aquela fragilidade, tão feminina, como se estivesse a pedir protecção. Foi o rastilho para incendiar paixões.