MESTRE SEM MORTE
(a Herberto Helder)
Entre as mãos uma acácia
Moedas
de silêncio
O sangue de um compasso
O sangue de um compasso
E
a terra alva
A
altura da sombra
Ocupa o negro da página
Ocupa o negro da página
Desaba
Um
verso secreto
Do
palácio
O
poema
Foi
devorado
Pelos olhos de um falcão
Pelos olhos de um falcão
maria azenha
(2015-03-24)
***«»***
Uma homenagem merecida de uma grande “poeta”
para um grande poeta.
Herberto Helder deixou-nos, mas ficou, para o nosso contínuo deslumbramento, a sua poesia, uma poesia talhada a escopro no corpo denso das palavras e trabalhada por uma talentosa engenharia metafórica. Herberto Helder fez na poesia o que Saramago fez na prosa: engravidou as palavras, que nele tinham uma grande sonoridade e densidade poéticas.
Herberto Helder deixou-nos, mas ficou, para o nosso contínuo deslumbramento, a sua poesia, uma poesia talhada a escopro no corpo denso das palavras e trabalhada por uma talentosa engenharia metafórica. Herberto Helder fez na poesia o que Saramago fez na prosa: engravidou as palavras, que nele tinham uma grande sonoridade e densidade poéticas.
Alexandre de Castro
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