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terça-feira, 17 de março de 2015

Estudo: E o político em que os portugueses mais confiam é...


Um estudo realizado pela Seleções do Reader's Digest chegou à conclusão de quais as figuras públicas os portugueses mais têm confiança.
Os portugueses elegeram Marcelo Rebelo de Sousa como o político em quem mais confiam. O estudo Marcas de Confiança realizado pela Seleções do Reader’s Digest mostra que 14% elegeram o comentador da TVI, substituindo Rui Rio, antigo presidente da Câmara Municipal do Portohttp://ad.doubleclick.net/ad/N9166.140075.SAPO/B8528259.115396767;sz=1x1;ord=dc8beacffa?
O estudo dá conta ainda de que a política é uma das áreas em que os portugueses menos confiam. No geral, 96% não confia nos políticos e 83% não confia no atual Governo de Passos Coelho, segundo o Dinheiro Vivo. 
Os Sindicatos (81%), o sistema judicial (73%), os bancos (72%) e a União Europeia (71%), são outras entidades em que os portugueses também não confiam.
Em relação aos que confiam, Cristiano Ronaldo foi o desportista escolhido, com 54%. Rui Veloso foi o músico eleito (19%), Ruy de Carvalho na área da representação, com 47% e o escritor foi José Rodrigues dos Santos (28%).

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Se tivéssemos de levar este estudo a sério, seríamos obrigados a concluir que vivíamos num país de "merda". Mas as coisas não são bem assim. Nestas coisas dos inquéritos, interessa muito a metodologia utilizada, a estrutura da amostra e a forma como as perguntas são colocadas aos inquiridos. Perante a surpresa da pergunta, feita sem qualquer aviso prévio e sem referências aos respetivos contextos, em que seja permitida uma ponderada reflexão, o inquirido é levado, até para não ser considerado um ignorante, a indicar a personalidade mais mediática que, naquele momento, conhece, em cada setor considerado. E foi o mediatismo, o que este estudo mostrou, ao apurar, por exemplo, que Marcelo Ribeiro de Sousa era o político em que os portugueses mais confiam. E não foi nada inocente a realização deste estudo. 
Já a desconfiança manifestada em relação a Passos Coelho (justificada), aos sindicatos (incompreensível e inconcebível), aos bancos, ao sistema judicial e à União Europeia (também justificadas) não se projeta, incompreensivelmente, naqueles inquéritos usados pelas empresas da especialidade, para as sondagens sobre as intenções de voto, o que revela uma grande contradição. Alguém está a manipular as perceções da opinião pública.
Pela minha parte, se eu tivesse sido inquirido, até responderia que o Cristiano Ronaldo deveria ser o próximo Presidente da República, já que estou farto de ser governado por personalidades que têm os neurónios no cérebro.

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