Tribunal de Contas recomenda ao Ministério da
Saúde que liberte médicos dos centros de saúde de tarefas administrativas.E
critica exclusão de utentes das listas de médicos de família “por razões
administrativas”.
O Tribunal de Contas (TC) encontrou uma hipotética
solução para a falta de médicos de família, problema que os sucessivos
ministros da Saúde têm tentado resolver ao longos dos anos, sempre sem sucesso.
Considerando que o tempo médio de uma consulta dos médicos dos centros de saúde
era, há dois anos, de 21 minutos, uma equipa de auditores do TC fez contas e
concluiu que, caso se assuma como “razoável” o tempo de 15 minutos para o
atendimento, seria possível fazer mais 10,7 milhões de consultas.
PÚBLICO
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No tempo dos postos de saúde das Caixas de
Previdência, de Salazar e Caetano, não havia falta de médicos. As consultas apenas demoravam dois minutos!…
Embora seja importante libertar os médicos dos centros de saúde das tarefas administrativas, o que é certo é que, com esta habilidade de cariz cronométrico, o Tribunal de
Contas está a contornar o problema principal: a evidente falta de médicos de família,
que a atual política do Ministério da Saúde deliberadamente promove, e que está a comprometer a funcionalidade do Serviço Nacional de Saúde.
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