O banco suíço Credit Suisse terá ajudado a
desenhar títulos para sociedades veículo offshore com dívida do Grupo Espírito
Santo (GES), que mais tarde foram vendidos a clientes do mesmo grupo, noticia o
Observador.
O Credit Suisse terá ajudado na venda de títulos
das sociedades veículo offshore, compostos maioritariamente por dívida do Grupo
Espírito Santo (GES), a clientes do mesmo grupo, avança o Observador.
Com base num artigo do jornal económico The Wall
Street Journal, a mesma publicação indica que os clientes não sabiam que estas
sociedades tinham como ativos a dívida das várias entidades que compunham o
GES.
A instituição terá ajudado a desenhar os títulos
para serem vendidos mas ainda não é claro que teve também um papel na venda dos
mesmos, recusando-se a comentar estas alegações.
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Os bancos funcionam em rede a nível mundial,
colaborando entre si para conseguirem maximizar os lucros do dinheiro, que eles
próprios emitem, através das operações de crédito, uma função que deveria
pertencer aos estados soberanos. O seu poder é imenso, sobrepondo-se, na
prática, ao poder dos próprios estados. São eles que, através de diversos
canais de pressão, e de uma forma oculta, determinaram as regras da atual ordem
mundial, baseada nos princípios fundamentais do neoliberalismo, a doutrina económica
que melhor serve os seus interesses. A nível político, controlam o poder,
elegendo e apoiando em cada país dois partidos supostamente antagónicos, mas
que aceitam implicitamente aquela ordem mundial, que não pode ser posta em
causa.
Tanto nos dias de hoje, tal como no passado,
nenhum processo revolucionário, que pretenda acabar com o domínio do capital
sobre o trabalho, pode ignorar a a importância da nacionalização do crédito e a
recuperação do poder do Estado em emitir moeda.
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