“Num país que está na UE desde 1986 e em que o salário à hora de um trabalhador qualificado no sector industrial é de 10 €, se um empresário não consegue ser competitivo, é porque existem outras questões que precisam de ser abordadas.” – Albert Jaeger, austríaco, um dos técnicos integrantes da missão de observação permanente do FMI em Portugal, em declarações à Revista do Expresso de 14 de Julho. “Sendo o povo, naturalmente, menos conhecedor do que aqueles que tiveram acesso a outras mais elevadas fontes de conhecimento, não será mesmo assim avisado desprezar a sua sabedoria milenar e a ele tenho ouvido sempre dizer que o barato sai caro: se é na barateza de mão-de-obra que se baseia a gestão e a rentabilidade das empresas, não lhes auguro grande futuro: baixa será a qualificação dos efectivos, baixo o valor acrescentado do que é produzido e, por certo, fracos os argumentos concorrenciais – e sempre haverá povos, desafortunadamente por muitos anos ainda, neste assimétrico mundo, que, por necessidade de sobrevivência, se disponham a vender o seu esforço por meio quilo de farinha. Segurança alguma haverá para um empreendimento assente sobre tão frágeis alicerces.” – Capítulo XVIII - Da Repartição da Riqueza, de Maquiavel para Gestores Contemporâneos – Como Tornar-se Príncipe da Gestão, Fausto Marsol (2ª edição, Bnomics, 2009)Foto do autor, sobre escultura d´ O Espantalho (V. N. Mil Fontes).
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Nota do Editor: É um prazer acolher neste espaço este lúcido apontamento, enviado por email, de Fausto Marsol, também ele um antigo aluno de liceu de Lamego.
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