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sábado, 23 de maio de 2009

Novo perdão?




Será que o Estado também vai perdoar as dívidas e os juros aos clientes que contraíram empréstimos junto do BPP? No final deste conturbado processo, alguém terá de fazer o balanço do dinheiro que o governo injectou naquele casino, entre avales, indemnizações de falsos depósitos e um eventual perdão das dívidas de empréstimos concedidos, bem como assumir as respectivas responsabilidades políticas e outras, pelo esbulho dos dinheiros dos impostos dos portugueses.


Penhor público de activos de clientes do BPP "não tem impacto" nas contas
23.05.2009-PÚBLICO

O Banco de Portugal (BdP) está a notificar os clientes do Banco Privado Português (BPP) sobre a existência de uma penhora realizada pelo Estado sobre os seus activos. No entanto, "a medida não tem qualquer impacto nas contas dos clientes", disse ao PÚBLICO fonte oficial do Banco Privado Português (BPP), instada a comentar uma notícia da agência Lusa, segundo a qual o Banco de Portugal (BdP) está a notificar os clientes da instituição financeira a recordar-lhes que estão obrigados a pagar juros e amortizações de empréstimos que tenham contraído e que sobre eles foi constituído penhor a favor do Estado. Em causa esteve o aval público dado à banca a operar em Portugal para sustentar um empréstimo de 450 milhões de euros concedido ao BPP em Dezembro. A Lusa revelou que o BdP decidiu recordar aos clientes do retorno de absoluto "que estão obrigados a pagar juros e amortizações de empréstimos que tenham contraído e que sobre eles foi constituído penhor a favor do Estado". A iniciativa surge seis meses depois de vários bancos terem avançado com um empréstimo ao BPP de 450 milhões de euros. Este financiamento, que vence a 6 de Junho (não renovável), foi sustentado num aval público que tem por base um contrapenhor de activos do balanço do BPP no valor de 672 milhões de euros. Entre os activos penhorados estão os investimentos directos realizados por clientes com aplicações de capital garantido, que têm as suas contas cativas. C.F.

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