Páginas

quinta-feira, 28 de maio de 2009

ERCS- advertência exemplar a Manuela Moura Guedes


A postura assumida por Manuela Moura Guedes, na condução do "'Jornal Nacional de 6ª Feira", da TVI, é jornalisticamente condenável, porque, na realidade, viola os deveres de isenção, consignados nas normas deontológicas da profissão.
Enquanto espaço noticioso, a sua função deve cingir-se à prestação de uma informação objectiva, rigorosa e isenta, e sempre apoiada em fontes fundamentadas e credíveis, e, ao mesmo tempo, assumir uma posição independente (sem tomar partido), perante as questões colocadas aos seus entrevistados e comentadores, a quem compete a tarefa do exercício de opinião. Se Manuela Moura Guedes pretende emitir opiniões públicas num programa informativo, deve passar para o outro lado da cadeira, e deixar o lugar de pivot para outro jornalista, que lhe faça as perguntas necessárias sobre um qualquer assunto.
No jornalismo, a separação entre a notícia, a opinião pessoal e publicidade, encapotada ou não, é essencial e obrigatória, a fim de não ludribiar as expectativas e a credulidade do leitor ou do telespectador.
E teria de ser nestes termos, numa forma clara e sem ambiguidades, que a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERCS) deveria ter centrado a sua condenação, e não, como manifestamente fez, ter enveredado pela deriva sub-reptícia de questionar implicitamente os critérios editoriais de um órgão de informação. Ao insistir habilmente na tónica da perseguição ao primeiro ministro, a ERCS foi inspirar-se nos argumentos da "cabala" e da "campanha negra", colocando-se, também ela, numa posição pouco cómoda, em relação à sua isenção na mediação deste conflito de interesses, onde a pertinência da crítica reside na forma e não no conteúdo.

http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=33183200-99CE-430F-84AA-E1AA686B29A6&channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021

Sem comentários: