Comissão sugere que cargo de presidente
do Eurogrupo passe a ser permanente
A Comissão Europeia sugeriu esta
quarta-feira quer institucionalizar o Eurogrupo e sugere a criação de um posto
de presidente em permanência, ao contrário da rotatividade atual decidida pelos
ministros, que, a partir de 2019, podia também assumir no futuro a liderança de
uma espécie de Ministério das Finanças da zona euro.
Na documento publicado hoje com a
reflexão sobre o aprofundamento da União Económica e Monetária até 2025, a
Comissão sugere dar poder de decisão ao Eurogrupo, atualmente um grupo
informal, o que, por sua vez, “justificaria a nomeação de um presidente a tempo
inteiro”.
No longo prazo, com o alargamento da
zona euro – que a Comissão também defende que deve continuar a acontecer até
chegar a todos os membros da UE – o Eurogrupo poderia passar a ter a mesma
configuração que o Conselho da União Europeia, onde normalmente são ratificadas
as decisões acordadas pelo Eurogrupo.
A sugestão para as mudanças no Eurogrupo
não se ficam por aqui. A Comissão defende uma ideia, já antiga, de vir a ser
criado uma espécie de Ministério das Finanças da zona euro, para melhor
integrar também na vertente orçamental os países do euro. Esse Ministério
poderia passar a assumir um papel atualmente assumido pela Comissão Europeia, o
da supervisão orçamental e a gestão da estabilidade macroeconómica na zona
euro.
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O
que é que falta para federar a Europa?
O que é que falta para federar a Europa,
perdendo, os respectivos países, a sua soberania, que passava para Berlim, por
mediação de Bruxelas?
A Alemanha elevou-se a grande potência
económica - através dos vários mecanismos de troca desigual, facilitados pelas
instituições europeias, que lhe obedecem inteiramente - à custa dos restantes
países europeus, principalmente os do sul. E, agora, pretende avançar em força,
com uma política de mais inclusão - um eufemismo que transporta ocultamente uma
ideia federalista - a fim de poder competir com o mundo anglo-saxónico,
liderado pelos EUA.. Tal como aconteceu até ao momento, a factura deste
ambicioso projecto será paga por todos os países da UE, mas os lucros, na sua
maior parte, ficarão em Berlim.
Alexandre
de Castro
2017 06 01
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