A constituição da Guarda Costeira
Europeia, mesmo admitindo que aqui e ali serão burilados alguns «bicos» para
amenizar as criticas, constituirá um passo que entrará, mais cedo do que tarde,
pela plataforma continental portuguesa.
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Eu já escrevi por aqui que Angela Merkel
tem um olho apontado para Zona Exclusiva Económica (ZEE), de Portugal, a mais
extensa do mundo e que possui uma riqueza de recursos naturais, que Portugal,
por desleixo, incompetência ou inércia, não quer, não pode ou não sabe
explorar. Minérios e petróleo jazem esquecidos no fundo do oceano, e, além
disto, a importância estratégica, que a ZEE nacional potencialmente possui, é
de valorizar. Alguém dizia, há dias, que, se Portugal explorasse a sua ZEE,
poderia ser um dos países mais ricos do mundo. Mas os nossos governantes
andaram (e ainda andam) deslumbrados com o canto de sereia da Europa Unida, e
vão, em Bruxelas, assinando tudo que vai hipotecar a nossa soberania, no futuro
próximo, assumindo aquela
"parola" postura de que Portugal tem de ser o melhor aluno da Europa.
Eu lancei aqui um aviso, em relação ao
perigo de Portugal perder a soberania sobre a sua ZEE, quando Angela Merkel, há
uns meses, afirmou que a gestão dos mares dos países europeus deveria ser centralizada na Comissão
Europeia. E os políticos do nosso descontentamento e os comentadores dos
jornais e das televisões calaram-se, numa manobra suja de submissão ao que diz
a czarina da Europa, Angela Merkel, para quem a UE é o instrumento fundamental
para sustentar o poderio económico e político da Alemanha.
A criação de uma Guarda Costeira
Europeia é o primeiro passo na estratégia de retirar a Portugal a gestão sobre
o seu mar.
A tentação federalista está a caminho,
por etapas cautelosas, para não levantar alarmes. Mas o saque vai continuar.
Alexandre de Castro
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